sábado, 9 de julho de 2016
Cachoeira livre, mas continua preso
O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltar ontem os presos investigados na Operação Saqueador, entre eles o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e Fernando Cavendish, ex-dono da construtora Delta. A defesa dos acusados entrou com habeas corpus ontem pela manhã no tribunal, após a decisão que revogou a prisão domiciliar concedida aos acusados. A decisão, que não foi divulgada, vai beneficiar os empresários Adir Assad e Marcelo Abbud, que também estão presos. Por meio de telegrama, o STJ já informou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que deverá determinar a soltura dos acusados e empregar medidas cautelares. Eles estão presos no presídio de Bangu 8.
Na quarta-feira, um dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), Paulo Espírito Santo, anulou decisão de outro desembargador, Ivan Athié, que havia convertido em domiciliar a prisão preventiva de Cachoeira, Cavendish e outros três presos. O argumento era o de que a prisão preventiva não poderia ter sido restabelecida porque o desembargador Ivan Athié já havia liberado Cachoeira da cadeia. Conforme a defesa, o ministro concordou com o argumento.
O ministro determinou que medidas cautelares – como prisão domiciliar e eventual proibição de contato com outros investigados – sejam definidas pelo juiz do caso, no Rio.
O juiz Sérgio Moro não renovou a prisão temporária de alvos da Operação Abismo, realizada pela Polícia Federal na segunda-feira. Edson Freire Coutinho, ex-executivo do Grupo Schahin; o vice-presidente da Construcap Roberto Ribeiro Capobianco; Erasto Messias da Silva Jr., da construtora Ferreira Guedes; e Genesio Schiavinatto Jr., da Vetor 2 Engenheiros Associados ficarão sem tornozeleira eletrônica e terão a obrigação de comparecer a Justiça sempre que necessário. De acordo com as investigações, eles participaram do cartel que fraudou licitação na expansão do principal polo de tecnologia da Petrobras: o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), na Ilha do Fundão, no Rio. A obra rendeu R$ 39 milhões em propina a funcionários da Diretoria de Serviços da estatal e ao PT.
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