A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) terminou 2015 em 9% e, ao que tudo indica, deverá encerrar 2016 com dois dígitos – algo em torno de 13%. O discurso petista de que, assim como no período posterior à crise global de 2008, não deixaria o desemprego assolar a população foi por água abaixo.
O Partido dos Trabalhadores não cumpriu a promessa (daí sua nomenclatura) de zelar pelo “proletariado”. Porém, justiça há de ser feita, pois os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, estão aí para provar que o lulopetismo honrou uma de suas principais promessas: a de promover a igualdade social. Segundo o Caged, 115 mil trabalhadores qualificados (aqueles com ensino superior completo ou incompleto) perderam seus postos no ano passado.
Isso significa que, tanto para o metalúrgico do ABC paulista quanto para o engenheiro de uma grande multinacional, a realidade é a mesma: a grossa fila do desemprego. Lula, Dilma e o PT fizeram o que é de praxe em regimes de esquerda, ou seja, promoveram o nivelamento por baixo – um tipo de igualdade nada compensador.
Os números divulgados pelo Caged são mais preocupantes do que aparentam, porque indicam que o setor mais ‘protegido’ das empresas já foi atingido. Assim como os empregos são a última via de diminuição de custos, serão os últimos a serem retomados quando o país voltar a crescer. Que será dessa geração de jovens que está saindo da universidade? E dos trabalhadores já com certa idade? Eles, por sua vez, dificilmente terão um emprego formal dado como certo no futuro. O PT colocou todos no mesmo patamar de desalento e desamparo. Exceto, é óbvio, o pequeno grupo que está no poder, os socialistas do capital alheio.