Quando a situação aperta e o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) chega à Câmara dos Deputados, quem aparece? É Lula-lá no Palácio da Alvorada para uma conversa a sós com a sua pupila. E chega dando conselhos de toda ordem, inclusive sobre o afastamento do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), que Dilma insiste em manter no cargo. Lula também esteve com um grupo de petistas graduados. Tudo isso na quinta-feira.
Ontem, foi dia de o ex-presidente estar cara a cara com Mercadante. Para os petistas, foi um sinal de que Lula vai deixar de queimar a batata da perna de Mercadante, já que Dilma bateu o pé. E é também sinal claro de que o ministro-chefe da Casa Civil será, a partir de agora, uma rainha da Inglaterra ocupando um dos principais gabinetes do Palácio do Planalto.
Nem no Nordeste, onde o PT sempre teve apoio maciço, a presidente Dilma tem sido bem recebida pela população. A vinda a Belo Horizonte, onde perdeu a eleição, embora Fernando Pimentel (PT) tenha sido eleito pelo resto do estado, foi cancelada de última hora. Ela faria entregas do programa Minha casa, minha vida. A derrota na capital mineira, no entanto, deve tê-la desanimado. Em BH, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve 64,27% dos votos.
E ainda tem o pacote de maldades na economia em tramitação no Congresso. Não será nada fácil unir a base aliada em torno de todas as propostas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que atingem direto o bolso do contribuinte brasileiro, que já paga muito imposto e recebe muito pouco de contrapartida em bons serviços públicos e infraestrutura que um país continental merece.
Os próximos dias prometem muitas emoções na política brasileira. O futebol ficará em segundo plano.