O fracasso da política externa de Barack Obama em respeitar e incentivar o multilateralismo foi o combustível que faltava ao fogo nas caldeiras alimentado pelos cinco chefes de Estado do Brics, reunidos em Fortaleza, ao apagar das luzes da Copa, alvorecer de tempos sombrios. Também convidada Cristina Kirchner, presidente da Argentina, em solidariedade à recente crise fabricada pelos fundos abutres. Não à toa o encontro entre os líderes girou em torno de um “crescimento inclusivo com desenvolvimento sustentável”. Em pauta, a criação de um banco de desenvolvimento com capital inicial de US$ 100 bilhões e de um fundo contingente de reservas destinado a socorrer essas economias em caso de crise financeira.
É evidente o descontentamento dos ainda, não se sabe por que, chamados “emergentes” – cujo PIB atinge US$ 16,2 trilhões e supera o dos Estados Unidos e o da União Europeia – com o entrave no Congresso norte-americano para a reforma do FMI. A ideia de forjar nova arquitetura financeira internacional é a resposta.
Em reação à criação do novo banco, como sempre, os mais conservadores e menos lúcidos se limitam a citar o volume do capital que seria insuficiente para fazer frente às necessidades imediatas. A crítica é óbvia, mas também frágil. Se o projeto se afirmar, novos aportes e parceiros poderão a ele se agregar. A criação de uma alternativa global, multilateral aos carcomidos FMI e Banco Mundial lança uma brisa na atmosfera irrespirável que se transformou a geopolítica mundial, nestes anos da mais recente crise gestada e irradiada a partir de Wall Street.
É evidente o descontentamento dos ainda, não se sabe por que, chamados “emergentes” – cujo PIB atinge US$ 16,2 trilhões e supera o dos Estados Unidos e o da União Europeia – com o entrave no Congresso norte-americano para a reforma do FMI. A ideia de forjar nova arquitetura financeira internacional é a resposta.
Em reação à criação do novo banco, como sempre, os mais conservadores e menos lúcidos se limitam a citar o volume do capital que seria insuficiente para fazer frente às necessidades imediatas. A crítica é óbvia, mas também frágil. Se o projeto se afirmar, novos aportes e parceiros poderão a ele se agregar. A criação de uma alternativa global, multilateral aos carcomidos FMI e Banco Mundial lança uma brisa na atmosfera irrespirável que se transformou a geopolítica mundial, nestes anos da mais recente crise gestada e irradiada a partir de Wall Street.