Barack Obama elevou o tom no mais importante discurso presidencial do
ano — o do Estado da União. Com eleições legislativas em novembro, a
imagem de paralisia da Casa Branca poderá custar a derrota dos
democratas. O presidente, com a agenda trancada no Congresso, tem os
movimentos cerceados como se estivesse em camisa de força.
Apesar da recuperação da economia — com a menor taxa de desemprego em cinco anos e a maior produção de petróleo em duas décadas —, amarga a popularidade em queda livre. A aprovação do governo não chega a 50%. Diferentes pesquisas apontam para 42%. Assim, na fala transmitida ao vivo para mais de 30 milhões de telespectadores, Obama aproveitou a oportunidade para ficar bem na foto. Apresentou, como manda a tradição, as prioridades e propostas legislativas.
De olho no eleitorado, anunciou medidas cuja execução independe da Câmara e do Senado. É o caso do aumento do salário mínimo dos funcionários federais e do relançamento de programas federais de treinamento para desempregados e institutos de inovação. Ameaçou recorrer a "ordens do Executivo", espécie de medida provisória, para levar avante propostas engavetadas no parlamento, como a reforma imigratória e o controle da venda de armas.
Esforçou-se para pôr o Congresso contra a parede ao desafiar deputados e senadores a elevar o valor do mínimo para todos os trabalhadores. Com ênfase na desigualdade crescente no país, lembrou que os lucros corporativos e as ações na bolsa explodiram, enquanto os salários médios e a ascensão social se mantêm estagnados há anos. "Muitos americanos", lembrou ele, "estão trabalhando muito mais do que nunca para sobreviver. Muitos nem têm trabalho.”
Na política externa, abordou temas cruciais para a maior potência do planeta. Entre eles, promessas de campanha não cumpridas e insistentemente cobradas pela comunidade internacional e dificultadas pela mal-humorada oposição republicana. É o caso do fechamento da prisão de Guantánamo. Segundo ele, um dos mais vergonhosos centros de desrespeito aos direitos humanos teria as portas cerradas este ano.
Ainda no plano diplomático, seriam retiradas as tropas estadunidenses do Afeganistão. Manter contingente no país asiático dependerá de acordo bilateral. Reafirmou a importância do acordo com o Irã. Pediu ao Legislativo que não ponha pedras no caminho das negociações, que finalmente encontraram luz no fim do túnel. Não deixou, porém, de mandar recado a Teerã, ao reiterar a importância de cumprir o trato de não avançar no programa nuclear.
Apesar da recuperação da economia — com a menor taxa de desemprego em cinco anos e a maior produção de petróleo em duas décadas —, amarga a popularidade em queda livre. A aprovação do governo não chega a 50%. Diferentes pesquisas apontam para 42%. Assim, na fala transmitida ao vivo para mais de 30 milhões de telespectadores, Obama aproveitou a oportunidade para ficar bem na foto. Apresentou, como manda a tradição, as prioridades e propostas legislativas.
De olho no eleitorado, anunciou medidas cuja execução independe da Câmara e do Senado. É o caso do aumento do salário mínimo dos funcionários federais e do relançamento de programas federais de treinamento para desempregados e institutos de inovação. Ameaçou recorrer a "ordens do Executivo", espécie de medida provisória, para levar avante propostas engavetadas no parlamento, como a reforma imigratória e o controle da venda de armas.
Esforçou-se para pôr o Congresso contra a parede ao desafiar deputados e senadores a elevar o valor do mínimo para todos os trabalhadores. Com ênfase na desigualdade crescente no país, lembrou que os lucros corporativos e as ações na bolsa explodiram, enquanto os salários médios e a ascensão social se mantêm estagnados há anos. "Muitos americanos", lembrou ele, "estão trabalhando muito mais do que nunca para sobreviver. Muitos nem têm trabalho.”
Na política externa, abordou temas cruciais para a maior potência do planeta. Entre eles, promessas de campanha não cumpridas e insistentemente cobradas pela comunidade internacional e dificultadas pela mal-humorada oposição republicana. É o caso do fechamento da prisão de Guantánamo. Segundo ele, um dos mais vergonhosos centros de desrespeito aos direitos humanos teria as portas cerradas este ano.
Ainda no plano diplomático, seriam retiradas as tropas estadunidenses do Afeganistão. Manter contingente no país asiático dependerá de acordo bilateral. Reafirmou a importância do acordo com o Irã. Pediu ao Legislativo que não ponha pedras no caminho das negociações, que finalmente encontraram luz no fim do túnel. Não deixou, porém, de mandar recado a Teerã, ao reiterar a importância de cumprir o trato de não avançar no programa nuclear.