Assim como a máfia, bandidos brindam suas condenações |
Vai um galetinho aí? O preço varia de R$ 100, R$ 200, R$ 500 até um
bem salgado custo de R$ 1 mil. Pois foi esse o cardápio do jantar
organizado pela Juventude do PT no Plano Piloto, no Distrito Federal,
para angariar fundos para que os petistas condenados pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) por causa do escândalo do mensalão possam pagar
as multas aplicadas pelos ministros da mais alta corte do país. A conta é
salgada. Juntos, o ex-ministro José Dirceu, os deputados João Paulo
Cunha (SP) e José Genoino (SP) e o ex-tesoureiro do partido Delúbio
Soares terão que pagar mais de R$ 1,8 milhão. É dinheiro que a
militância, ainda mais começando na parte rica de Brasília, pode
conseguir levantar. O evento, no entanto, pode ser indigesto para a
política brasileira.
São várias as manifestações petistas de repúdio ao julgamento do mensalão no STF. Algumas delas chegam a desrespeitar o Estado democrático, com insinuações de que está havendo um tribunal de exceção, movido a sentimentos políticos, e não jurídicos. É exagero e revela sentimentos passionais que não levam em conta a letra fria do direito. E olhe que o julgamento ainda não acabou. Há recursos ainda a serem apresentados pelos advogados de defesa dos réus que podem, ou não, obviamente, mudar tanto o entendimento dos ministros quanto o valor das multas, que é o assunto em questão.
Em plena campanha eleitoral, no auge do mensalão no STF, com direito a transmissão ao vivo em canais de TV fechada e farta cobertura jornalística nos telejornais da TV aberta, havia, sim, uma editorialização. Setores da sociedade achavam que poderiam influenciar o resultado das urnas martelando o assunto em grande escala. Deu em nada. Os eleitores votaram como sempre votam em disputas municipais, mais preocupados com o buraco na rua, o posto de saúde funcionando e a boa escola. A vaquinha petista, no entanto, é um primeiro passo da reação do partido. A reedição da Caravana da Cidadania deve ser o segundo. A campanha de 2014 começa agora.
São várias as manifestações petistas de repúdio ao julgamento do mensalão no STF. Algumas delas chegam a desrespeitar o Estado democrático, com insinuações de que está havendo um tribunal de exceção, movido a sentimentos políticos, e não jurídicos. É exagero e revela sentimentos passionais que não levam em conta a letra fria do direito. E olhe que o julgamento ainda não acabou. Há recursos ainda a serem apresentados pelos advogados de defesa dos réus que podem, ou não, obviamente, mudar tanto o entendimento dos ministros quanto o valor das multas, que é o assunto em questão.
Em plena campanha eleitoral, no auge do mensalão no STF, com direito a transmissão ao vivo em canais de TV fechada e farta cobertura jornalística nos telejornais da TV aberta, havia, sim, uma editorialização. Setores da sociedade achavam que poderiam influenciar o resultado das urnas martelando o assunto em grande escala. Deu em nada. Os eleitores votaram como sempre votam em disputas municipais, mais preocupados com o buraco na rua, o posto de saúde funcionando e a boa escola. A vaquinha petista, no entanto, é um primeiro passo da reação do partido. A reedição da Caravana da Cidadania deve ser o segundo. A campanha de 2014 começa agora.