No fim deste mês, começam a ser vendidos os ingressos para o Rock in Rio
do ano que vem. Rock in Rio, o festival de música voltado,
principalmente, para os jovens? E o que isso tem a ver com a política? É
preciso voltar um pouco no tempo, para quase 27 anos atrás, para
explicar. A primeira série de shows que hoje ganhou o mundo aconteceu em
1985, mais especificamente em janeiro de 1985. E o que acontecia na
época? Depois de derrubada da emenda das Diretas Já, estava reunido o
Congresso para escolher, por meio do chamado colégio eleitoral, o novo
presidente da República.
Tancredo Neves era o candidato a primeiro presidente da República depois do regime militar. Do outro lado estava Paulo Maluf, que nunca foi o preferido do governo do então presidente general João Figueiredo. Mas e o Rock in Rio, o que tem com isso? Foi Tancredo quem pôs os roqueiros na roda. Reclamou da “alienação” da juventude, que preferia o festival à política. Pois é. Os jovens cantaram e dançaram. Tancredo venceu, não tomou posse, morreu, mas a democracia sobreviveu. Quem assumiu o poder foi José Sarney (PMDB-AP), hoje presidente do Senado.
Se estava no Rio e não em Brasília na época da eleição de Tancredo, a juventude mostrou engajamento político com o sucessor de Sarney. Fernando Collor de Mello (PTB-AL), hoje senador, foi eleito e, depois de denúncias de corrupção, foi alvo de processo de impeachment. Tinha Rock in Rio? Não, tinha caras-pintadas nas ruas e avenidas pelo país afora.
No lugar de Collor, assumiu Itamar Franco, depois veio Fernando Henrique Cardoso, em dois mandatos, Luiz Inácio Lula da Silva, em mais dois e, para coroar, quem está sentada na cadeira mais importante da República é a presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar o cargo. A festa da democracia não escolhe trilha sonora. Pode ser rock, samba, forró ou música sertaneja, pouco importa.
Tancredo Neves era o candidato a primeiro presidente da República depois do regime militar. Do outro lado estava Paulo Maluf, que nunca foi o preferido do governo do então presidente general João Figueiredo. Mas e o Rock in Rio, o que tem com isso? Foi Tancredo quem pôs os roqueiros na roda. Reclamou da “alienação” da juventude, que preferia o festival à política. Pois é. Os jovens cantaram e dançaram. Tancredo venceu, não tomou posse, morreu, mas a democracia sobreviveu. Quem assumiu o poder foi José Sarney (PMDB-AP), hoje presidente do Senado.
Se estava no Rio e não em Brasília na época da eleição de Tancredo, a juventude mostrou engajamento político com o sucessor de Sarney. Fernando Collor de Mello (PTB-AL), hoje senador, foi eleito e, depois de denúncias de corrupção, foi alvo de processo de impeachment. Tinha Rock in Rio? Não, tinha caras-pintadas nas ruas e avenidas pelo país afora.
No lugar de Collor, assumiu Itamar Franco, depois veio Fernando Henrique Cardoso, em dois mandatos, Luiz Inácio Lula da Silva, em mais dois e, para coroar, quem está sentada na cadeira mais importante da República é a presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar o cargo. A festa da democracia não escolhe trilha sonora. Pode ser rock, samba, forró ou música sertaneja, pouco importa.