O governo está mais tranquilo com a votação do projeto da Lei Geral da Copa de 2014 no Senado. É que lá a polêmica da venda de bebidas é menor. Além disso, a bancada do PMDB na Casa, depois da intervenção do vice-presidente Michel Temer, dá sinais de que está mais azeitada. Pelo menos, por enquanto, porque os peemedebistas continuam reclamando de espaço no governo proporcional ao tamanho do partido. Não dá para enrolar muito tempo.
Rédea curta
A base governista no Senado se cercou de todos os cuidados ao instalar a Comissão Mista de Orçamento este ano. Todo o cuidado se deve à escolha pelo PMDB do senador Romero Jucá, que deixou a liderança do governo, para ser o relator da proposta orçamentária. Como medida de prevenção, o deputado Cláudio Puty (PT-PA), de lealdade a toda prova, foi escalado para controlar a receita. Relator sem dinheiro, quase nada pode fazer. A tendência, avaliam os petistas, é Jucá tentar fazer as pazes.
Com um pé atrás
É mesmo muito ruim o clima no Senado, mas o dia é de expectativa sobre o que fará o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que prometeu tomar uma posição ou tentar se explicar hoje. O problema é que Demóstenes, que foi promotor de Justiça, sempre foi muito agressivo e incisivo ao fazer oposição. Agora, mergulhado no escândalo, todo mundo anda com um pé atrás e quer uma decisão rápida. Ontem, o DEM tratou de abrir processo para expulsá-lo.