Durante o governo Lula, o que se viu foram nhén-nhén-nhéns de mudança na legislação que rege os partidos, sempre com o objetivo de favorecer os parlamentares. |
A reforma política é um dos principais desafios de Dilma Rousseff. Esta é uma das promessas não cumpridas por Luiz Inácio Lula da Silva nos seus oito anos de mandato que terá de ser paga pela sucessora do presidente. Chamada de mãe das reformas, a mudança no sistema em vigor é fundamental para resgatar a credibilidade da classe política brasileira, a cada ano mais suja pela sequência de escândalos dos “representantes do povo”.
Durante o governo Lula, o que se viu foram arremedos de mudança na legislação que rege os partidos, quase sempre com o objetivo de favorecer os parlamentares, caso, por exemplo, da minirreforma eleitoral aprovada em 2009, que nada mais fez do que dificultar o trabalho do Ministério Público de combate à compra de votos e caixa dois. A reforma é sempre um assunto recorrente, faz parte de todos os discursos de campanha eleitoral, independentemente da coloração partidária, mas nunca saiu, de fato, do papel. Lula chegou a mandar duas propostas de mudanças para o Congresso, mas as discussões não avançaram.
Além do enfrentamento desse tema por parte do governo Dilma, também é preciso comprometimento do Congresso (kkkkk!!!) e mobilização da sociedade em torno do assunto. A aprovação da Ficha Limpa este ano foi uma prova de que, sob pressão da sociedade, os parlamentares funcionam., mas na prática tudo ficou como dantes no quartel de Abrantes. Lula prometeu que, mesmo fora do governo, vai trabalhar “como uma leão” pela reforma política. As organizações de combate à corrupção também já anunciaram que a reforma vai ser a prioridade zero. Este é um assunto que não pode mais continuar no terreno das boas intenções e promessas.Mas, pra mim tudo não passará de campanha política para 2014...