segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Comissão Nacional da Verdade, ou da mentira?
Estamos vivendo a primeira década deste segundo milênio como a década da mentira, das propinas nas cuecas, nas meias, das viagens no fausto e a transferência de recursos para os paraísos fiscais. Temos ainda políticos no governo que se não apenas mentem, procrastinam, os principais entraves ao nosso desenvolvimento não são gerenciados e assim assistimos a absurdos.
1. Por falta de uma reforma universitária, continuamos a colocar em curso o mais grave mecanismo de concentração de renda, dos impostos pagos pelos mais pobres são drenados os recursos para o ensino superior gratuito, os quais deveriam ser canalizados para da educação fundamental e para a segurança pública.
"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)
Com a Reforma Universitária realizada pelo sr. Luiz Inácio da Silva, se ampliou a dotação orçamentária dos anteriores injustos 60% para 75% dos gastos com educação serem destinados ao ensino superior gratuito. Ele não é apenas conivente com esse processo de concentração de renda, como é também responsável por ele.
Agora com a sanção por parte de José Alencar, quando presidente da República em exercício, do projeto de lei que cria a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), o dono da consciência dos brasileiros bateu marca de 12 universidades criadas – recorde histórico no Brasil. A marca anterior era do presidente populista Juscelino Kubitschek, com 10 universidades federais.
"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele através de impostos." (Gerhard Erich Boehme)
O novo campus, inaugurado na primeira semana de dezembro abrigará 1,4 mil universitários. Segundo José Alencar do Partido Republicano Brasileiro (PRB), quando assumiu o governo teve uma conversa com o presidente Lula na qual ressaltava o fato de não terem curso superior: "O presidente Lula sempre diz assim: isso vai ficar para a história porque os brasileiros elegeram dois políticos que não têm curso superior. Por isso, nos compete fazer algo especial pela educação".
"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)
"Educação serve pouco se as pessoas não forem livres. É só lembrar o que aconteceu nos países socialistas, onde a educação fundamental era considerada de qualidade." (Gerhard Erich Boehme)
"A educação só produz resultados em sociedades em que as pessoas podem fazer escolhas pessoais e econômicas, dando-lhes a oportunidade de serem criadoras e descobridoras." (Odemiro Fonseca em "Benefícios da liberdade")
2. Por falta de uma reforma tributária, assistimos a um Estado inchado, com uma infinidade de impostos que não consegue administrar, colocando os brasileiros em posição de escravos, não apenas da burocracia, mas de fato, pois dos 365 dias do ano, 147 a 152 dias são destinados para pagar impostos, o que representa 40% de um ano inteiro. O Brasil é um dos países com a maior carga tributária de todo o mundo.
Essa abusiva carga tributária paga no Brasil prejudica não só os trabalhadores, como também o setor produtivo. Isso porque os produtos deixam as fábricas com preços superiores aos que deveriam custar de fato com impostos dentro da realidade de um país em desenvolvimento.
"Os brasileiros estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme)
3. Por falta de uma reforma previdenciária, assistimos os que de fato contribuíram tendo seus ganhos reduzidos ano a ano, enquanto é crescente o número de beneficiários que não contribuíram para tal, como os amigos guerrilheiros do presidente e de seus ministros, inclusive eles próprios. Políticos, funcionários públicos e aqueles que hoje emPTizam e gozam dos benefícios do nePTismo.
O atual sistema de ingresso (como prêmio e sem os devidos pagamentos) e o de repartição (no qual as contribuições previdenciárias dos atuais empregados e empregadores financiam os benefícios dos aposentados e pensionistas) precisa ser urgentemente alterado para o sistema de capitalização (no qual as contribuições dos atuais empregados e empregadores são depositadas em contas de fundos de pensão que irão servir para pagar os futuros benefícios). Entre várias vantagens que essa reforma trataria, destaca-se o da formação de uma poupança significativa, que dinamizaria o mercado de capitais e de outros investimentos.
4. Por falta de políticas públicas consistentes, em especial que eliminem a discriminação espacial, produzidas pelo programa "Minha casa, Minha vida e pelo descaso público, que tem a principal marca a favelização, assistimos a escalada da violência.
A boa gestão, com os Planos Diretores e as Agendas 21 Locais, planejamento urbano com a ocupação racional de espaços que venham conferir qualidade de vida não são realizadas e quando são, não levam em consideração a necessidade urgente de evitarmos a discriminação espacial, pois além das favelas, abrem espaço e ajudam a criar conjuntos habitacionais populares e condomínios fechados, que segregam e discriminam.
5. Por falta de uma reforma trabalhista, mais da metade dos trabalhadores, com a grande maioria dos que estão entrando no mercado de trabalho, estão na informalidade, na criminalidade ou tomando parte de nossa diáspora econômica, ou como o Luciano Pires comenta, e com razão, do contingente de refugiados éticos¹.
Quando falamos de Tarso Fernando Herz(schlag) Genro, vale considerar que mesmo nesta área, de sua "especialidade", ao menos ele estudou para isso, nada produziu de positivo, o Brasil continua a ter a legislação trabalhista e a forma de solução dos conflitos trabalhistas como um dos principais entraves ao nosso desenvolvimento. Alimenta a economia informal. Em vez de ser ministro da justiça, é o ministro da injustiça.
O ônus imposto aos empregadores do mercado de trabalho formal desestimula novas contratações. A evolução tecnológica e das relações interpessoais tornou obsoleta a legislação fascista brasileira, imposta ainda durante a ditadura Vargas. Nem ela, nem a Justiça do Trabalho, criada na mesma ocasião, atendem às necessidades de arranjos mais flexíveis entre patrões e empregados, em que todas as partes sairiam ganhando. Os milhões de processos trabalhistas que se arrastam por anos também representam um custo injustificável, tanto para a União, que tem a obrigação de manter essa onerosa estrutura, como para os empregadores.
O resultado é que mais da metade da população brasileira trabalha hoje na informalidade, sem contar os excessos como o trabalho escravo, que é ainda verificado no Brasil, até mesmo na cidade de São Paulo, com o trabalho ilegal de imigrantes bolivianos e asiáticos e o pior deles, a pressão para a prostituição, inclusive a infantil. Sem perspectivas de emprego centenas de milhares de jovens são empurrados para a criminalidade e prostituição, inclusive em outros países, onde hoje a palavra "brasileira" é sinônimo de prostituta em Madrid, Paris, Roma e muitas cidades importantes na Europa e nos Estados Unidos, neste sentido convém lembrar um recente escândalo envolvendo o governador de Nova York, Eliot Spitzer, que possuía a bandeira da moralidade, pouco se comentou aqui no Brasil sobre a denunciante, a cafetina/prostituta brasileira Andréia Schwartz, bem como saber reconhecer as causas das deportações de inúmeros brasileiros e brasileiras ou as barreiras impostas aos turistas e estudantes e a “turistas e estudantes” brasileiros.
Sem perspectiva no Brasil nossos jovens empreendem a "Diáspora Econômica Brasileira" ou são refugiados éticos.
6. Por falta da compreensão do tamanho que deve ter o Estado, vivemos o crescente endividamento público, o qual acarreta e leva consigo o endividamento pessoal, pois o Estado compete com o cidadão frente aos agentes econômicos ou ao cidadão é imposto participar da compra de títulos públicos, que estão hoje casados a outros investimentos, sem contar que é crescente o número de brasileiros que acumulam precatórias, cujo pagamento também é procrastinado.
7. Por falta de um entendimento de como se procura criar mitos políticos, aceitamos que em nossos cinemas agora sejam passadas películas que nos lembram a Alemanha dos anos 30, com a criação de mitos e pregação de mentiras.
Felizmente temos no Brasil vozes como a do colunista César Benjamin, que é editor da Editora Contraponto e Doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela), assim como autor de “Bom Combate” (Contraponto, 2006). Aqui no Paraná foi diretor presidente da RTVE - Rádio e TV Educativa do Paraná. http://www.rtve.pr.gov.br/modules/debaser/player.php?id=3058','player',%20350,%20450
E ele nos brilhou com um excelente artigo. Recomendo que leiam:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/cesar-benjamin-explica-por-que-agora/
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4126931-EI6578,00-Artigo+de+Cesar+Benjamin+na+Folha+de+S+Paulo.html
8. Por falta de um compromisso com a liberdade, no plano internacional vemos o Brasil sendo subjugado ao Foro San Pablo, aceitamos alianças com déspotas e promovemos a intervenção em assuntos internos de outros países, na contramão da democracia, da defesa da liberdade e dos valores constitucionais.
“Mr. Lula showed why the West would be wise to keep that chair on hold. His advocates say he invited the Iranian president because he aspires to broker peace in the Middle East. If so, the Brazilian president merely demonstrated his ignorance of the region. The Revolutionary Guard faction that Mr. Ahmadinejad represents is the force most implacably opposed to an Israeli-Arab settlement; that's why it backs the terrorism of Hamas and Hezbollah. Mr. Lula's embrace of Mr. Ahmadinejad will not change his fanaticism, but it may make him stronger. It will also ensure that any attempt by Brazil to intervene in the Middle East will be dismissed by Israel and mainstream Arab governments” (Washington Post - Friday, November 27, 2009)
9. Por falta de compromisso com os brasileirinhos, não assumimos compromisso com a educação fundamental, com a liberdade e com o mérito. Não temos uma visão de longo prazo, não sabemos fazer uma boa gestão de pessoas, não administramos nossos talentos e, muito menos os potenciais talentos. E vale lembrar que eles não serão desenvolvidos nas universidades, mas antes disso.
10. Por falta de um entendimento do que é gestão, a quem cabe, o Brasil jogou fora sistematicamente todos os seus "bilhetes premiados", como o Plano Cruzado, o Plano Verão, o Plano Collor, o Plano Real, porque os mesmos que bolaram os planos "econômicos" se achavam competentes para "administrar" a etapa seguinte.
Comissão Nacional da Mentira
Com tanto a ser feito, somente idiotas procuram administrar o Brasil pelo espelho retrovisor. Ou como bem nos escreveu o Roberto (de Oliveira) Campos, navegar ou voar com a lanterna na popa². A anistia veio para nos dar a paz social, os militares cumpriram sua parte, assim entendo eu, cometeram erros e excessos, seguramente. Mas quem não os comete quando a gestão de governo se afasta da fiel observação do princípio da subsidiariedade, como ocorre também no Brasil atual, com sua excessiva centralização.
Acaso estão jogando com má fé? Seria mais um golpe para levar incautos para as bandas de uma candidata à presidência, que afrontando a legislação em vigor já está no palanque e nos comícios desde 2007, uma notória ex-terrorista, uma candidata despreparada, que segue com embuste do atual ocupante do Palácio do Planalto?
Debater a anistia tem como um de seus propósitos, nos afastarmos da reflexão crítica das décadas que se seguiram à abertura política e darmos sustentação política a campanha de uma candidata, legitimando seus crimes. Criando um mito de vítima, uma vez que o Brasil possui, além da cultura da lombada, a cultura da vitimização. Com a cultura da lombada agimos no efeito, não nas causas de nossos problemas, com a cultura da vitimização privilegiamos a irresponsabilidade, nos afastamos do mérito e da responsabilidade individual.
"La libertad significa responsabilidad, por eso, la mayoría de los hombres le tienen tanto miedo". (George Bernard Shaw)
Já comemoramos os 30 anos da anistia política, ampla, irrestrita e recíproca, fruto de compromisso democrático. É mais do que uma geração, mas ainda temos aqueles que querem reescrever a história e fazer a "sua justiça", pois se a verdadeira justiça fosse feita, muitos anistiados, a grande maioria, deveria, no seu retorno ao Brasil, ter ido direto para o banco dos réus, para a tutela do judiciário, para responder pelos seus crimes, pois em nada foram melhores do que pretensamente apontam aos militares que hoje ofendem, eram torturadores, sequestradores, assassinos, assaltantes, conspiradores, etc.. Faziam parte da escória da humanidade e alguém deve dizer isso a eles. Mas foram perdoados. Tivemos a anistia, portanto página morta. Muitos tiveram a hombridade de mudar o seu trajeto de vida, privilegiando a liberdade, o direito à propriedade e a vida.
O último presidente do regime militar encerrou mais um ciclo de exceção, ciclo este que não foi o pior que tivemos em nossa história.
A Década perdida
A década de 1980, ou simplesmente década de 80 ou ainda anos 80 foi o período que é hoje chamado por muitos como a década perdida para a América Latina.
Seguramente para os brasileiros a década de oitenta, no Brasil, foi uma "década perdida", o que desperta sentimentos os mais contraditórios. Para uns, mais conservadores, os anos oitenta, quando formulados nesses termos, estariam comprovando que a redemocratização do país não teria sido um avanço com relação aos uma enorme dívida externa, foi a gota d’água que fez derramar de ladeira abaixo toda a bolha de ilusões que tinha sido criada artificialmente em torno do "Brasil real".
O país atravessou, assim, os anos oitenta, em ritmo de câmara lenta (comparando com o período anterior), foi marcado pelo apagar das luzes pelos militares e pela incompetência do dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, se no período anterior, nos anos 70, tivemos, a exemplo de todo o período do Império, uma nova oportunidade de crescimento, não soubemos aproveitá-la.
Os militares nos legaram uma excessiva centralização, nos colocaram afastados do princípio da subsidiariedade, houve investimento na área da educação, mas com foco errado, ampliou-se um dos piores esquemas de concentração de renda no Brasil, o efeito Robin Hood às avessas: dos impostos dos mais pobres se paga os estudos universitários doa mais ricos ou daqueles que podem financiá-lo de outra forma, se investiu muito pouco, quase nada, no ensino fundamental, e privilegiou-se a ampliação e a criação das universidades estatais.
"O dia em que o cidadão comum compreender que é ele, o verdadeiro e único contribuinte, de todos os impostos, certamente vai arregaçar as mangas e ajudar a corrigir muitos absurdos da nossa sociedade, a começar pelo ensino superior gratuito." (Gerhard Erich Böhme).
"Somos pobres porque acreditamos na distribuição e não na produção de renda, este resultado do empenho de todos quando se observa o esforço em poder competir com liberdade e dignidade, observando a filosofia da liberdade¹, o Estado de Direito e o Princípio da Subsidiariedade". (Gerhard Erich Boehme).
"O Brasil só tem uma opção: ensinar os jovens universitários a atingirem seu potencial, através do esforço próprio, de seus estudos, desenvolvendo sua criatividade, talento e senso de oportunidade e rechaçar qualquer iniciativa que vise retirar recursos do cidadão que paga os impostos. Caso contrário estaremos endossando a demagogia de se formar parasitas sociais." (Gerhard Erich Boehme)
"Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele através de impostos." (Gerhard Erich Boehme)
A pergunta que faço, com base na frase acima do dono da consciência do brasileiro e atual ocupante do Palácio do Planalto: Fazer algo especial pela educação é amealhar votos? Ou é privilegiar indistintamente todos os brasileirinhos assegurando uma educação fundamental de qualidade? Ou ainda, assegurar que o potencial dos brasileirinhos não seja destruído por parte de políticos clientelistas ou corruptos, ou ambos?
"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)
A minha proposta é, para que possa ser justa, que se observe a nossa Constituição, onde é assegurado que todos sejam iguais perante a lei, que todo o cidadão brasileiro, dos 17 as 24 anos, tenha durante 5 anos uma bolsa, digamos "bolsa projeto de vida" e cabe a ele decidir se deve:
a) Utilizá-la para pagar os seus estudos;
b) Para uma poupança permitindo abrir seu negócio próprio;
c) Para investir em ações, se optar por ser ou continuar a ser empregado.
"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)
Ou acaso o Art. 5º de nossa Constituição Federal, que cita “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ...” É letra morta.
Esta é uma proposta que "acho" justa, pois alcançaria a todos os que vivem no Brasil nesta faixa etária. Afinal, como consta na nossa Constituição: todos são iguais perante a lei. Ou devemos ser coniventes com os privilégios ou mecanismos concentradores de renda?
Justa, sim... ... Mas quem paga?
Uma proposta justa, porém não seria suportável pela sociedade que trabalha e paga impostos e que seguramente iria causar muito mal a nossa juventude, tirando dela o principal desafio que é o de batalhar no início de sua carreira profissional e obter a sua dignidade através do esforço, talento, criatividade e empreendedorismo próprio.
"Os brasileiros estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme)
O resultado deste entrave é que ensinamos aos nossos jovens, os que irão formar a elite intelectual brasileira, não as "Zelites" como pregam os atoleimados e ideologicamente estressados, que é "justo" viver à custa do Estado, na realidade dos outros que trabalham e pagam impostos.
Mas e quanto a dignidade, sem contar que lhes retiramos uma das principais oportunidades para obter dignidade através do esforço próprio, logo no início de suas carreiras.
A função do Estado é servir ao povo, servir à sociedade dos homens. Servir significa sustentar, valorizar e tornar cada vez mais equilibrada a realidade do povo, não retirando do cidadão sua autonomia, mas sim realizando somente aquilo que as Províncias, Cidades, Comunidades, Famílias e finalmente o indivíduo não podem fazer. Em uma sociedade sadia, primeiramente as pessoas se organizam em grupos e movimentos dentro de um contexto de comunhão e afinidades, para responder às necessidades profundas e às exigências originárias de cada pessoa, depois sim entra o Estado na vida do cidadão, não como uma entidade formada por parasitas, mas que realize aquilo que o cidadão não pode ou não tem interesse em realizar.
"Os brasileiros estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme)
O brasileiro é inimigo do Brasil
A sociedade brasileira anseia por um Estado forte em suas competências fundamentais, a começar pela justiça, incluindo, nos Estados, seus primeiros passos através da polícia judiciária (Polícia Civil e Polícia Técnico-científica), relações exteriores, defesa nacional, segurança pública - prevenção aos crimes, contravenções e desordem, tributação racional, sem privilégios e suportável, saúde pública, usw., de forma que o brasileiro tenha bons serviços públicos e saiba realmente o que isso significa:
"Bens públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele." (Gerhard Erich Boehme)
"Os brasileiros estão divididos entre os que não sabem e os que sabem, os que sabem quais impostos pagamos, quais deveríamos pagar e como devem ser aplicados estes recursos para que o Estado possa cumprir o seu papel" (Gerhard Erich Boehme)
Devemos entender que é prioritário o investimento em saúde pública e educação fundamental, pois são serviços cuja provisão também deve ser garantida subsidiariamente pelo Estado, apesar de que a melhor solução provavelmente se encontra no financiamento a cada contribuinte para aquisição desses serviços, seja diretamente ou através de entidades cooperadas, privadas ou confessionais e não na prestação direta do serviço pelo Estado, sempre em fiel observância ao Princípio da Subsidiariedade. Os gastos estatais nesses setores se justificam porque geram externalidades positivas para a sociedade, que se beneficia de uma população educada e sadia, benefícios estes que não poderiam ser individualmente apropriados por investidores privados.
E voltando ao Art. 5º de nossa Constituição Federal, que cita: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:.. ... III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;” Neste ponto abro espaço para que cada brasileiro faça uma reflexão sobre a forma com que é prestada a da saúde pública no Brasil, que salvo exceções, coloca o brasileiro frente às maiores injustiças, muito embora tenhamos um ministro da justiça que queira administra o Brasil de olho no espelho retrovisor.
Acompanhar um brasileiro, salvo exceções, em uma fila do serviço público de saúde é o melhor exemplo do que podemos qualificar como tortura, tratamento desumano ou degradante.
E onde ficam os defensores dos direitos humanos? Não se mobilizam, pois não criam privilégios para si e para os seus.
Além disso, existe um argumento normativo: os gastos nessas áreas reduzem as diferenças de oportunidade dos indivíduos no momento da partida do jogo social, para que a partir daí a competição ocorra baseada nos talentos e méritos de cada um.
Cabe ao Estado ser forte em suas atribuições básicas, que na esfera Federal são: Emissão e controle da Moeda, através de um Banco Central independente, Relações Exteriores, Supremo Tribunal Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Comércio Exterior, Forças Armadas, Segurança Pública nas faixas de Fronteira, Polícia Federal, normatização da Aviação Civil, Marinha Mercante, Vigilância Sanitária e Obras de Integração Nacional, Administração de Parques Nacionais, Administração Indígena, diretrizes de Meio Ambiente, Propriedade Intelectual, Energia Nuclear, e Previdência Pública Federal. Se observarmos o Princípio da Subsidiariedade, podemos concluir que caberia ao Estado apenas a solução de três grupos de problemas econômicos: bens públicos, externalidades negativas e positivas, monopólios naturais.
Devemos privilegiar o direito à propriedade privada, pois ela cria oportunidade e nutre comprometimento em preocupar-se com a idade e adversidades da vida.
Década desperdiçada
Tivemos depois da década perdida a década desperdiçada, onde o maior desperdício se deu no plebiscito nacional de 1993, quando os brasileiros cometerem o maior erro do último século. Uma oportunidade única que seguramente viria a eliminar o clientelismo político(http://www.ecodojacui.com.br/noticias.php?Id=474).
A década de 90 foi a década desperdiçada, pois não foram realizadas as Reformas que o Brasil tanto necessita. Nos anos 90 desperdiçamos tempo, não foram resolvidos os entraves ao nosso desenvolvimento.
Década da mentira
Estão se passando três décadas, mas esta última é a pior, pois vivemos a década da mentira. O país é liderado por um mentiroso, um embusteiro, a administração pública é conduzida com base na mentira, aproximando-se da mentira com a qual o socialismo no Leste europeu é reconhecido nos dias atuais. E isso em uma época em que comemoramos 20 anos da queda do muro de Berlin.
Um Brasil que, infelizmente, temos que reconhecer, ainda geme sob o peso de um Estado poderoso, que tem alguns anéis controlados, não apenas por especuladores financeiros, oligarquias fundiárias, políticos oportunistas e tecnoburacratas autoritários, que agem conjunto para manter os velhos ideários desenvolvimentistas (e os privilégios), mas por um sistema político que privilegia o clientelismo, afastado da verdadeira democracia, que promove a oclocracia e o clientelismo político, com seu capitalismo de comparsas e socialismo de privilegiados.
"Quando alguém mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando alguém trapaceia, está roubando o direito à justiça". (Khaled Hosseini em The Kite Runner - O caçador de pipas. Tradução de Maria Helena Rouanet - Editora Nova Fronteira)
Vivemos a década da mentira.
"A primeira vez que você vier a mentir e eu acreditar, a culpa será sua. A segunda, será minha" (Theodor Boehme)
"É possível enganar algumas pessoas todo o tempo; é também possível enganar todas as pessoas por algum tempo; o que não é possível é enganar todas as pessoas todo o tempo" (President Abraham Lincoln - February 12, 1809 - April 15, 1865)
Para entendê-la é necessário acompanhar o dia-a-dia do atual ocupante do Palácio do Planalto e questionar a veracidade de suas declarações e a real intenção de suas decisões, a começar pelo pior e mais escandaloso fato de nossa história, onde o clientelismo político foi escancarado. Neste sentido recomendo o livro "O Chefe" de Ivo Patarra.
Ivo Patarra é jornalista, foi repórter dos jornais Folha de S.Paulo, Folha da Tarde, Diário Popular e Jornal da Tarde. Como profissional independente publicou, entre outras, as reportagens "Nova York - São Paulo de motocicleta: 73 dias de aventura e emoção", "Fome no Nordeste Brasileiro" e "Morte de Juscelino Kubitschek: acidente ou atentado?".
E agora vemos o Sr. Paulo de Tarso Vanucchi, secretário nacional de Direitos Humanos, que tem seus proventos pagos pelo bolso do contribuinte, querendo instituir nos próximos meses uma Comissão Nacional da Verdade, para apurar algo superado pelo tempo e pelo consenso nacional.
"Meu interesse está no futuro porque é lá que vou passar o resto da minha vida." (Charles Franklin Kettering - Inventor)
"Não devemos aceitar, sem qualificação, o princípio de tolerar os intolerantes, senão corremos o risco de destruição de nós próprios e da própria atitude de tolerância". (Karl Raimund Popper)
O sr. Sr. Paulo de Tarso Vanucchi mente e se cerca de mentirosos, pois desconsidera que de fato tivemos uma contrarrevolução que tirou o Brasil da rota de um país vermelho, das bandeiras e do sangue, felizmente os militares impediram que o Brasil se tornasse campo de lutas e possivelmente um país dividido, felizmente prevaleceu a liberdade, a qual podemos desfrutar hoje, a qual, por conta das décadas perdida e desperdiçada, ainda convivemos com todas as suas limitações, em especial no que se refere a liberdade econômica, seja devido a excessiva intervenção e ao peso do Estado brasileiro no mercado, seja devido ao clientelismo político que hoje transforma os brasileiros em reféns de uma Nomenklatura formada além dos economistas governamentais, também por sindicalistas e terroristas.
Desconsidera que na segunda metade dos anos 60 tivemos o período de estabilização política e nos anos 70 tivemos a década do milagre econômico.
"São passados 45 anos. Hoje, a contrapropaganda da esquerda ousa negar provas indesmentíveis. A verdade incomoda e a isso não voltarei. É inútil convencer mitômanos, a serviço dos resíduos do comunismo fracassado". (Tenente-coronel Jarbas Gonçalves Passarinho foi Governador do Pará, Ministro do Trabalho e Previdência Social, Ministro da Educação, Senador e Presidente do Senado Federal, Ministro da Previdência Social e Ministro da Justiça)
E para promoverem a mentira, esperam usar uma data que pertence a nossa história, a qual não pode ser usada para aviltaram a consciência dos brasileiros. 21 de Abril é um símbolo que não pode ser vilipendiado. E vale lembrar que a ação de vilipendiar significa a aviltar, menoscabar, ultrajar, afrontar e pode ser praticada por palavras, escritos ou gestos.
21 de abril não pode ser usado para a mentira e muito menos como apoio a eleição de uma candidata rejeitada, que assim deve continuar.
Assim também 1964 é e deve permanecer, como um símbolo, um ano em que o Brasil não seguiu os passos de inúmeras outras nações, as quais foram subjugadas por ideologias que produziram milhões de perdas humanas e o fracasso de suas nações. Seguramente a partir de 31 de março de 1964 se iniciou um período de exceção, sem liberdade, sem a fiel observação do princípio da subsidiariedade, princípio que ainda hoje o brasileiro não aprendeu sua importância.
Se de um lado tivemos as torturas praticadas por agentes do Estado a partir do excessos de poder, tivemos também o terror e uma criminalidade injustificada, na sua maioria financiada externamente por países e culturas que nos são exóticas, cujos agentes são hoje privilegiados por fartas aposentadorias, as quais nenhum trabalhador brasileiro pode fazer jus através de um trabalho honesto.
Entendo que a defesa dos direitos humanos deve começar a partir de hoje, dentro de uma vergonhosa realidade, onde temos:
"Meu interesse está no futuro porque é lá que vou passar o resto da minha vida." (Charles Franklin Kettering - Inventor)
"Se o brasileiro não desse ouvidos às mentiras, exigiria que o atual Ministro da Justiça, o anistiado Tarso Fernando Herz(schlag) Genro, apresentasse quantos brasileiros morreram ou de outra forma foram vítimas da violência, isso desde a posse do atual ocupante do Palácio do Planalto, em 2003, e destes quais foram vítimas diretas ou indiretas de crimes federais, como tráfico de drogas, sequestros contra a administração pública, a previdência social, a ordem tributária, o Sistema Financeiro Nacional, as telecomunicações e as licitações, estelionato, moeda falsa, abuso de autoridade, tráfico de drogas, armas, órgãos e animais silvestres, extração ilegal de madeira, ocupação de propriedades da União - com destaque àquelas ocupadas pelo MST, lavagem de dinheiro, prostituição internacional - com destaque para a prostituição infantil e tantos outros que são de competência federal. Vale lembrar também que os crimes previstos por qualquer motivo em textos internacionais, são crimes federais e da competência do sistema federal de Justiça". (Gerhard Erich Boehme)
150 mil mortes devido à violência. Qual a causa?
Esta é uma importante pergunta, pois o que observamos é uma infinidade de ações, muitas delas efetivas¹, eficientes² e/ou eficazes³. Ocorre porém que a realidade que vivemos no Brasil é triste, como se não nos bastasse sermos recordistas mundiais em violência, que compromete muito mais os 5% de nosso PIB avaliados segundo estudos do IPEA em 2004, eu particularmente estimo em mais de 10%. As mortes resultantes da violência chegam a 150 mil por ano e custam, ao Estado, entenda-se o contribuinte, metade do que gastamos com saúde. E mais grave, pela forma com que nos sensibiliza: Todos os anos, 6 mil crianças brasileiras morrem e 140 mil são hospitalizadas vítimas de acidentes em decorrência da falta de cultura de prevenção, informação e de cuidados no dia-a-dia, da ausência de ambientes adequados à criança e leis específicas.
35 mil mortes no trânsito. Qual a causa?
Outra triste realidade é o resultado que temos no trânsito, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) nos alerta sobre isso, pois o Brasil é o quinto em número de mortes no trânsito de todo o mundo. Uma vergonha, já que não temos uma frota de países que estão muito abaixo de nós nas estatísticas e que temos uma tradição automobilística, com uma indústria com mais de 50 anos.
Os dados foram divulgados com a publicação do maior estudo já realizado sobre o impacto dos desastres para a saúde. Não temos dados mais atualizados, pois a OMS utilizou dados de 2007, com o objetivo de comparar todos os países. Segundo dados oficiais naquele ano, houve 35,1 mil mortes causadas por desastres com automóveis no Brasil.
Especialistas acreditam que esse número pode ser bem maior, pois só são contabilizadas as mortes que ocorrem no local do acidente. Razão de ser estimado o número de 50mil mortes por ano.
410 mil acidentes de trabalho, que matam 3 mil anualmente. Qual a causa?
E somos também recordistas de acidentes de trabalho, o Brasil tem 410 mil acidentes de trabalho por ano, que matam 3 mil brasileiros e custam R$ 32 bilhões ao país. Estes acidentes de trabalho matam oito trabalhadores brasileiros por dia e esta conta pode ser muito maior, já que não inclui os 40 a 80 milhões de brasileiros da economia informal. Números macabros retratam uma triste realidade e não podemos apenas apontar os empresários ou apontar falhas do Estado em fiscalizar. Reverter este quadro começa e termina somente se assumirmos como prioritário a responsabilidade individual.
Mas o que fazer? O que é feito?
Com a palavra as pessoas que dizem defender os direitos humanos:
a) Luiz Inácio da Silva
b) Tarso Fernando Herz(schlag) Genro
c) Paulo de Tarso Vanucchi
Quando falamos de direitos, antes de tudo começa pela liberdade, sendo portanto fundamental o entendimento claro da Filosofia da Liberdade.
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