O presidente Michel Temer (MDB) continua fazendo o seu comercial. Foi sábado à Restinga da Marambaia, mas esteve em Roraima na segunda-feira por causa dos refugiados da Venezuela e de lá voltou à Marambaia. Bem, nem tanto, já na terça-feira gorda estava em Brasília, onde chegou de noite. Na agenda, óbvio, “sem compromissos oficiais”.
Ontem, era “despachos internos”. Não recebeu nenhum parlamentar. Óbvio de novo. No Congresso, a quaresma já começou, com jejum de votações, tanto nos plenários da Câmara dos Deputados quanto nos do Senado.
Quem deveria dar uma lição aos nobres parlamentares é a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que declarou sexta-feira, no presídio de Goiás, que “o cidadão brasileiro está cansado da ineficiência de todos nós, e cansado inclusive de nós do sistema judiciário”.
E estava no lançamento da Campanha da Fraternidade ontem, onde declarou: “E como aplicar a fraternidade quando a delicadeza com o outro, a crença no outro, e a solidariedade com o outro não é a regra?”
A propósito, quem precisa rezar é o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun. É que ele acredita que a reforma da Previdência será aprovada. Diz que o governo tem mais de 308 votos, número mínimo para que uma proposta de emenda à Constituição (PEC) seja aprovada. Se otimismo pouco pode não ser bobagem, melhor esperar pra ver.
Por fim, já que o ano só começa depois do carnaval e o governo pretende votar a reforma da Previdência, melhor mesmo esperar pra ver. O que agora pode haver é jejum de votos para aprovar a PEC que muda as aposentadorias. O presidente Temer joga todas as suas cartas nela, mas o risco é elas ficarem embaralhadas.
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