Milhares de venezuelanos, impedidos há quase um ano de entrar na Colômbia, tiveram uma breve colher de chá de 12 horas para comprar, no país vizinho, itens de varejo que sumiram das prateleiras em seu país.
Nesse domingo, longas filas se formaram nos postos alfandegários desde as cinco horas da manhã. Muitos tiveram de dormir nos próprios veículos, junto à fronteira, para aproveitar o inesperado dia de compras. 'Nós, os mortais, não temos nem sabão para lavar roupa', lastimavam os que se dirigiam ao comércio em cidades colombianas como Cúcuta, La Parada e Villa del Rosario, em busca de itens básicos de subsistência.
'Graças a Deus' era a expressão mais ouvida, embora os preços não estivessem propriamente uma barganha. É que, não bastassem os preços mais altos na Venezuela, a escassez atinge cerca de 80% dos alimentos básicos e remédios naquele país, o que corrobora a gritante contradição entre o discurso e a prática do socialismo.
Alheio ao sofrimento de seu povo, Nicolás Maduro, o bufão marxista íntimo dos nossos petralhas, defende-se jogando a culpa nos 'empresários de direita', censurando a imprensa e trancafiando opositores. O curioso desse discurso maluco, capaz de fazer alguém como Dilma Rousseff parecer uma estadista, é que a indústria e o comércio na Colômbia – onde há fartura, crescimento, baixa inflação, etc. – estão, literalmente, nas mãos dos mesmos empresários supostamente gananciosos 'de direita', odiados pelo regime bolivariano de Caracas. Vai entender a cabeça dessa gente.