E o Brasil, quem diria, adotou o sistema parlamentarista de governo, que repudiou em quase toda a sua história política. Que o diga João Goulart, que durou tão pouco como primeiro-ministro. Só que agora é diferente, bem ao jeitinho brasileiro. A rainha Dilma Rousseff I abdicou do poder e o transferiu para o novo ministro-chefe da Casa Civil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele vai ocupar gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto. Ia, não vai mais.
O primeiro-ministro Lula, no entanto, não tentou assumir o cargo por motivos nobres. Muito antes pelo contrário. Ele resistiu o quanto pôde a voltar a despachar no Palácio do Planalto. Preferia ficar mesmo é na calmaria do apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, ou no sítio em Atibaia.
Reais motivos de Lula ter buscado foro privilegiado foram deixar de continuar a ser investigado pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF). Deu tudo errado. Moro voltou a ser o seu carrasco.
E Lula corre ainda o risco de os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ficarem desconfortáveis diante de manobra tão clara e evidente que ele tentou e optar por dar mais celeridade aos processos contra o ex-presidente. Se a manobra de Lula já não deu certo, fica ainda mais difícil adivinhar o que se passa pela cabeça dos juízes de direito, ainda mais da mais alta Corte do país.
E que triste papel coube à presidente Dilma Rousseff (PT), que tinha deixado como uma cordeirinha a chance de ser a estrela da política brasileira para fazer papel de coadjuvante. E acabou no olho do furacão de resultados imprevisíveis.
E ainda tem gente que acredita no Brasil como um país de Primeiro Mundo. Com os políticos que tem, vai continuar sendo uma Republiqueta de Bananas.