Vai ser burra assim a medida provisória do presidente Michel Temer (PMDB) sobre a cobrança maior nas compras com o cartão de crédito. Primeiro, vai colocar um policial federal para acompanhar o comprador que andar com dinheiro para ter desconto sem ser roubado no meio da rua, as bolsas, não as de valores, mas femininas terão seguro pagos pelo governo? Segundo, as lojas conseguirão consultar todos os cheques para saber se eles têm realmente fundo? De onde saiu essa ideia estapafúrdia? Imaginou a fila de telefonemas?
Vale o registro do argumento do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na própria medida provisória: “Fica autorizada a diferenciação de preços de bens e serviços oferecidos ao público, em função do prazo ou do instrumento de pagamento utilizado”. Já que não ofende, “em função do prazo”? Alguém pode explicar que raio de função é essa? Ou será que ele quis dizer “por causa”?
Voltando à ideia estapafúrdia, meu caro Meirelles, sua mulher anda com segurança pelo fato de o senhor ser ministro? A MP prevê segurança para as aposentadas andarem com dinheiro vivo pelas ruas? Vai pagar o táxi para que elas voltem para casa depois de pegar a aposentadoria ou a pensão? Então, abra mão do carro oficial, ande de ônibus, fique parado nos pontos e veja as imagens na televisão de roubos neles cometidos à luz do dia.
Voltando à ideia estapafúrdia, meu caro Meirelles, sua mulher anda com segurança pelo fato de o senhor ser ministro? A MP prevê segurança para as aposentadas andarem com dinheiro vivo pelas ruas? Vai pagar o táxi para que elas voltem para casa depois de pegar a aposentadoria ou a pensão? Então, abra mão do carro oficial, ande de ônibus, fique parado nos pontos e veja as imagens na televisão de roubos neles cometidos à luz do dia.
Peça, meu caro Meirelles, a qualquer rede de televisão que elas têm vários registros desse tipo de crime. Vai bloquear o dinheiro vivo, se for roubado? Ah! Boa pergunta né, ministro? Vai responder? Ou prefere mandar o celular de sua esposa, se ele não tiver sido roubado, para a coluna saber o que ela acha.
A entidade de nome bastante apropriado para o momento vai logo avisando que a MP: “é abusiva”. E tem mais da Proteste, a tal entidade e em nota oficial: “Ao aderir a um cartão de crédito o consumidor já paga anuidade, ou tem custos com outras tarifas e paga juros quando entra no rotativo. Por isso, não tem porque pagar mais para utilizá-lo”.
Então, caro consumidor, siga o conselho da Proteste: a associação recomenda ao consumidor que não adquira bens e serviços em empresas que adotarem a prática”. Percebeu Temer? E aí Meirelles? Combinou direitinho antes de tamanha burrice? Não vão responder, devem estar pagando em dinheiro a cervejinha na beira da praia.
Ihh! Presidente e ministro? Devem estar pagando, com dinheiro público, do seu, do meu, do nosso, dos contribuintes de uma das mais altas cargas tributárias do mundo.