Beatriz Catta-Preta abandona a advocacia
Quer dizer que a advogada se sentiu
"veladamente" ameaçada, insinua que as ameaças teriam vindo de
parlamentares, e por conta disso abandona a carreira?
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Faz, então, muito bem. E faz bem à advocacia. A vestimenta
do advogado não é para fracos ou enrolados.
A advocacia, a magistratura, o Ministério Público, a
polícia, e por que não dizer os jornalistas, todos têm fartas histórias para
contar sobre isso. Todavia, bravatas cifradas (seja lá o que for isso) não
podem servir de justificativa para ninguém desistir de nada, ainda mais de um
sacerdócio.
Sim, sacerdócio, porque é isso que é a advocacia.
Defender uma pessoa, ainda mais num processo criminal, é das coisas mais nobres
e honrosas que podem existir. Imagine, leitor, se o juiz Moro, se os jovens
procuradores da República, se os policiais, resolvessem agora desistir.... Ou
alguém duvida que eles, diariamente, estão sofrendo pressões.
Mas, ainda bem, não se acobardam. E isso porque o
bacharel em Direito deve agir, sempre, com desassombro. Relembrando Pessoa,
"navegar é preciso; viver não é preciso".