domingo, 11 de janeiro de 2015
Joaquim Levy no FaceBook
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ficou tão feliz, que resolveu
inovar. Foi pelo Facebook que ele anunciou que a inflação de 2014 ficou
dentro da meta. "Menas", ministro. A meta mesmo é 4,5%, mas há uma
margem de segurança de dois pontos percentuais. O índice foi de 6,41%.
Na ponta do lápis, 0,9% abaixo dos 6,5% que é o teto. Foi por pouco.
Levy, comentou sobre o comportamento da carestia em janeiro: “Agora, em janeiro, realmente a inflação deve ser um pouco mais alta do que em alguns meses do ano passado”. E foi realista ao explicar os motivos: “Em parte, porque janeiro e fevereiro são meses em que, todo ano, há mais reajustes, como de escola, IPTU, ônibus etc.”. Tradução simultânea: calculada em 12 meses depois de janeiro, a inflação deve voltar a estourar a meta.
As más notícias também foram dadas pelo ministro da Fazenda. Em temporada de demissões em massa na indústria automobilística, Levy falou que “desemprego e crescimento devem ser pensados em longo prazo” - enquanto isso como é que fica os trabalhadores e suas famílias?
O problema, na verdade, é o conjunto da obra do início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Corte no Orçamento é café pequeno diante do escândalo envolvendo a Petrobras. A nova equipe ministerial já entra em campo com ministros trocando caneladas, como Kátia Abreu, da Agricultura, e Patrus Ananias, de Desenvolvimento Agrário. Ela diz que o país não tem latifúndios. Ele rebate. E por aí vai.
A verdade é que o país enfrenta um período de dificuldades na economia, mas tem capacidade de se recuperar. Afinal, o brasileiro não desiste nunca. Basta que o governo não repita os erros do primeiro mandato de Dilma, que deixou as contas públicas em frangalhos e ainda fez questão de esconder e negar isso na campanha eleitoral do ano passado. O ministro Levy é mais realista.
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