Além das cifras milionárias, que podem chegar a bilionárias, as graves
denúncias de corrupção acrescentaram agora a possibilidade de levar o
escândalo às últimas consequências. Alguns dos mais renomados e
respeitados colunistas políticos do país começaram a aventar até a
possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por causa
dos malfeitos na maior estatal brasileira.
É fundamental ir devagar com o andor, ainda mais que o Brasil está saindo da eleição presidencial mais atípica desde a redemocratização, com direito até a queda de avião de candidato e à espera pela contagem de quase 90% dos votos para que fosse possível declarar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Mais que isso, foi uma disputa acirrada e agressiva, que dividiu o país.
Não há também como tentar tapar o sol com a peneira e deixar reinar a impunidade em caso de haver responsabilidade de Dilma no escândalo. Pesa contra ela o fato de ter sido ministra de Minas e Energia e, portanto, presidente do Conselho Administrativo da Petrobras, que aprovou, por exemplo, a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. E ainda o seu estilo centralizador de gerente que tudo quer controlar. Mesmo depois de assumir o Palácio do Planalto. Ou ela repetirá seu antecessor e dirá que nada sabia?
Além de impeachment, outra hipótese foi colocada no ar. A de rejeitar as contas da campanha eleitoral da presidente eleita, impedindo assim sua diplomação. Aprovam-se as contas do candidato a vice-presidente e o peemedebista Michel Temer assume o comando do país. É decerto menos traumático, mas não menos perigoso.
Um momento como este remete à bela e sábia oração de São Francisco de Assis: “É preciso ter serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudá-las e sabedoria para fazer a diferença”.
Alguns dos mais renomados e respeitados colunistas políticos do país começaram a aventar até a possibilidade de impeachment’