O contraste da educação no Brasil é uma coisa impressionante. Enquanto
vemos gestores, em alguns estados brasileiros, vivendo uma euforia em
relação aos índices educacionais, com escolas exemplares formando
cidadãos conscientes e prontos para a vida, temos, em contrapartida,
escolas decaindo e fazendo com que o país ocupe o 38º lugar entre os 44
países avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos
(Pisa).
O problema do ensino no país é desencadeante de discussões
acadêmicas e propostas governamentais, mas tudo isso poderia ser
resolvido com um pouco mais de atenção para com nossa educação. Falo
isso em relação às propostas mostradas pelos governos estaduais e o
governo federal para a pasta. É notória a preocupação de todos em
relação ao fato, mas o direcionamento está sendo conflituoso.
Precisamos, primeiramente, arcar com o problema do salário dos
professores, defasado há muito tempo. O governo federal propôs um piso,
porém ainda está aquém da realidade do cidadão e, em muitos estados, há a
dificuldade para pagar esse valor. O governo deveria aumentar esse piso
e ajudar os estados e municípios a arcar com o aumento da despesa.
Também é necessário equipar as escolas, construir mais salas de aula,
melhorar o transporte escolar e a merenda e, ainda, modificar o sistema
educacional. Condições para isso o país tem, basta querer. A qualidade
do nosso ensino melhoraria e teríamos um status de país de primeiro
mundo no quesito educação.