Juiz Fernando Cordioli Garcia, 34, reassumiu a magistratura, na 1ª Vara Cível, em Sombrio (SC) |
O juiz Fernando Cordioli Garcia, 34, crítico do Judiciário catarinense, afastado em 2012 da comarca de Otacílio Costa pelo Tribunal de Justiça do Estado,
por pura retaliação e sacanagem grossa do TJSC, reassumiu a magistratura nesta terça-feira, na 1ª Vara Cível, em
Sombrio. No novo gabinete, ele encontrou 5.000 processos, paralisados
desde 2011 por falta de juiz na comarca.
A situação enfrentada
no primeiro dia de trabalho o fez retomar suas críticas. "Esta montanha
de processos revela as mazelas e a "normose' do Judiciário", afirmou com toda razão! Juiz, em sua maioria, detesta trabalhar daí a razão de tantos processos entregues às baratas.
Cordioli explicou que normose "significa que a sociedade aceita como
normal ter 5.000 processos encalhados, situação que causa grande
desgaste emocional às pessoas envolvidas". O problema doutor, é que nem sempre é fácil para o cidadão comum lutar contra isso. O judiciário é corporativista e virou as costas para o povo. Tanto é verdade que ele está na rabeira de todas as pesquisas de opinião pública.
Todas as paredes do
gabinete dele têm armários onde os processos físicos estão empilhados,
"ainda esperando informatização". Cordioli disse que "esta tarefa vai me
tomar no mínimo três anos para regularizar, sem falar nos novos
processos que vão surgir". V.Ecia deveria requerer um auxiliar, com os desembargadores tem!
No novo cargo, o juiz se apresentou de terno e gravata – no anterior, ele foi criticado porque às vezes circulava pela cidade de bermudas. Qual o problema? Pior são os juízes que circulam país a fora, elegantemente, mas com seus bolsos cheios de dinheiro fruto de venda de sentenças.
Seu estilo controverso de atuar o tornou célebre entre colegas (vaquinhas de presépio!) na
magistratura catarinense. Como exemplo está a derrubada de uma casa de
um vereador erguida numa área de preservação permanente: sem esperar
pela burocracia, deu a sentença e foi ele mesmo fazer a demolição. Se fosse esperar o Estado nada seria feito!