Foi só uma coincidência, mas não deixa de ser curioso como as coisas
acontecem na política brasileira. O assunto da semana é a criação de
novos partidos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na
terça-feira, os registros do Solidariedade, partido liderado pelo
deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, que era
do PDT, e o PROS, o Partido Republicano da Ordem Social. Com um nome
assim, dispensa comentários. No mesmo dia, a Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) do Senado retirou da pauta de ontem a proposta de emenda
constitucional (PEC) que acaba com o voto obrigatório no Brasil. O
motivo é até “justo”, foi o próprio autor do projeto, senador Ricardo
Ferraço (PMDB-ES), que fez o pedido. Tinha compromisso em São Paulo,
para discutir comércio exterior. Então tá!
Com os novos partidos, o número deles chega a 32 e pode pular para 33, se a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, também for aprovado, apesar de todas as dificuldades. É claro que existem partidos e partidos, mas dói no bolso do contribuinte manter número exagerado deles. É que eles têm direito ao chamado fundo partidário, que custa caro, muito caro, aos brasileiros.
Para se ter uma ideia, no ano passado o PT embolsou R$ 53 milhões do tal fundo. O PMDB mais de R$ 44 milhões, e o PSDB, R$ 37 milhões. E por aí vai. Só que esses partidos têm muitos votos, elegem parlamentares, prefeitos, governadores e vereadores. Partido que nem isso consegue, no entanto, também tem direito a ganhar uma graninha. Está lá no site do TSE para quem quiser conferir. Sabe o PCO, o Partido da Causa Operária, quantos parlamentares ele tem? Se há algum, ninguém sabe, ninguém viu. Mas ele embolsou quase R$ 630 mil.
E assim caminha a política brasileira. Voto obrigatório é mais confortável para os políticos. Coleção de partidos favorece negociações. E a reforma política, bem, essa pode esperar até o fim dos dias.
Com os novos partidos, o número deles chega a 32 e pode pular para 33, se a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, também for aprovado, apesar de todas as dificuldades. É claro que existem partidos e partidos, mas dói no bolso do contribuinte manter número exagerado deles. É que eles têm direito ao chamado fundo partidário, que custa caro, muito caro, aos brasileiros.
Para se ter uma ideia, no ano passado o PT embolsou R$ 53 milhões do tal fundo. O PMDB mais de R$ 44 milhões, e o PSDB, R$ 37 milhões. E por aí vai. Só que esses partidos têm muitos votos, elegem parlamentares, prefeitos, governadores e vereadores. Partido que nem isso consegue, no entanto, também tem direito a ganhar uma graninha. Está lá no site do TSE para quem quiser conferir. Sabe o PCO, o Partido da Causa Operária, quantos parlamentares ele tem? Se há algum, ninguém sabe, ninguém viu. Mas ele embolsou quase R$ 630 mil.
E assim caminha a política brasileira. Voto obrigatório é mais confortável para os políticos. Coleção de partidos favorece negociações. E a reforma política, bem, essa pode esperar até o fim dos dias.
Baptista Chagas de Almeida