Pânico na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados. Literalmente, pois foi no programa com esse nome que o
presidente da comissão, Marco Feliciano (PSC-SP), só faltou cantar a
antiga marchinha de carnaval: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira. O
senhor tem paciência de esperar. Aonde é que vou parar?” O senhor em
questão deve ser Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Casa,
que promete uma solução para o impasse ainda hoje. Henrique Alves tem
repetido que a situação é “insustentável”. O problema é que, para isso,
ele precisa combinar com o inimigo. Não há outro jeito de ele sair, a
não ser amigavelmente, fazendo um acordo com os colegas e com o comando
da Câmara.
A culpa é do regimento. Depois de eleito, o presidente de uma comissão só sai em caso de renúncia ou morte. Fora isso, só por iniciativa própria. E Feliciano tem dado todos os indicativos de que não é esse o caminho que ele quer seguir. Tanto que já avisou que pretende fazer viagem oficial à Bolívia para verificar a situação dos 10 torcedores do Corinthians presos naquele país desde a morte de um jovem torcedor, em fevereiro, no jogo contra o San Jose. E a comissão já aprovou requerimento pedindo que o Ministério das Relações Exteriores determine que a Embaixada do Brasil interceda e preste total assistência aos brasileiros detidos. Pode até estar jogando para a plateia, mas a plateia corintiana é bem grande.
O comando da Câmara dos Deputados terá que agir com muita diplomacia ou com muito rigor. Afinal, Feliciano alega que, se sair, estaria assinando confissão de que é racista. E ele jura que não é. “Eu não sou racista e estou aqui para provar isso.”
Pois é, quem diria? É uma verdadeira encruzilhada. Defensores de Direitos Humanos já trabalham a criação de uma Frente Parlamentar para fazer sombra à comissão. O presidente dela bate o pé. Os militantes batem o bumbo. Quem levará a melhor?
A culpa é do regimento. Depois de eleito, o presidente de uma comissão só sai em caso de renúncia ou morte. Fora isso, só por iniciativa própria. E Feliciano tem dado todos os indicativos de que não é esse o caminho que ele quer seguir. Tanto que já avisou que pretende fazer viagem oficial à Bolívia para verificar a situação dos 10 torcedores do Corinthians presos naquele país desde a morte de um jovem torcedor, em fevereiro, no jogo contra o San Jose. E a comissão já aprovou requerimento pedindo que o Ministério das Relações Exteriores determine que a Embaixada do Brasil interceda e preste total assistência aos brasileiros detidos. Pode até estar jogando para a plateia, mas a plateia corintiana é bem grande.
O comando da Câmara dos Deputados terá que agir com muita diplomacia ou com muito rigor. Afinal, Feliciano alega que, se sair, estaria assinando confissão de que é racista. E ele jura que não é. “Eu não sou racista e estou aqui para provar isso.”
Pois é, quem diria? É uma verdadeira encruzilhada. Defensores de Direitos Humanos já trabalham a criação de uma Frente Parlamentar para fazer sombra à comissão. O presidente dela bate o pé. Os militantes batem o bumbo. Quem levará a melhor?