Custou ver aprovada pelo Congresso Nacional a extinção do cretino
imposto chamado CPMF. Não bastasse, ainda existem parlamentares
nostálgicos e apaixonados por esse vergonhoso imposto que servia para
tudo menos para os objetivos que se esperavam dele: a saúde. Como todos
os eleitores, a partir do término das eleições somos alijados de todo o
processo político e deslegitimados da representatividade. Sofremos o
castigo por ter confiado nosso voto naquele que, mais tarde, depois de
eleito, deu as costas aos nossos anseios, que não são muitos, mas o
suficiente para acreditar em uma política, séria, ética, moralista,
responsável e comprometida com o avanço social. Mas não é o que vemos,
infelizmente. A sociedade já não suporta tais expedientes, o que ela
quer dos seus representantes no Parlamento é simplesmente trabalho.
Trabalho voltado para melhorias estruturais de que o país precisa; o que
não temos observado nesses últimos anos. Há muitos problemas a serem
discutidos em vez de pensar em criar mais impostos.
sábado, 23 de março de 2013
Pastor Feliciano é o cacete!
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que há quase um mês é bombardeado de
todos os lados por causa de declarações consideradas preconceituosas
contra negros, homossexuais e mais recentemente mulheres, não dá mostras
de que pretenda deixar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
da Câmara dos Deputados. Pelo contrário. O deputado deu reiteradas
declarações de que vai permanecer no cargo e ontem posou como presidente
da comissão ao lado do embaixador do Irã, Mohamad Ali Ghanezadeh
Ezabadi, para tratar do caso de um iraniano preso no Brasil. O
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), promete
uma solução para terça-feira, mas não deu pistas do que pretende fazer.
É que não existe dentro do regimento interno da Câmara nenhuma norma que resolva o impasse causado pela ascensão de Feliciano ao cargo de presidente da comissão. Se ele não renunciar, não há como tirá-lo. A única possibilidade de afastamento prevista nas normas internas da Casa é se o presidente ou outro integrante da comissão se ausentar dos trabalhos de maneira reiterada e sem justificativa. Ou seja, Feliciano só sai se quiser. Só deixa o cargo se seus companheiros de bancada o convencerem a tomar essa atitude.
O problema é que para Feliciano toda essa polêmica é extremamente positiva. Basta dar uma olhada nas páginas que o pastor mantém na internet e nas redes sociais para perceber que ele não está sozinho nas pregações contra gays, religiões de matriz africana que lhe são atribuídas e que conta com respaldo. Quanto mais palanque o pastor ganhar, mais votos ele contabilizará em 2014, caso resolva disputar sua segunda eleição, e mais discos, DVDs e livros ele venderá. Apesar disso, não há como pedir para os ativistas dos direitos humanos que se conformem com a permanência dele no cargo. Resta só torcer para que toda essa confusão ajude a difundir a ideia de que todos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
É que não existe dentro do regimento interno da Câmara nenhuma norma que resolva o impasse causado pela ascensão de Feliciano ao cargo de presidente da comissão. Se ele não renunciar, não há como tirá-lo. A única possibilidade de afastamento prevista nas normas internas da Casa é se o presidente ou outro integrante da comissão se ausentar dos trabalhos de maneira reiterada e sem justificativa. Ou seja, Feliciano só sai se quiser. Só deixa o cargo se seus companheiros de bancada o convencerem a tomar essa atitude.
O problema é que para Feliciano toda essa polêmica é extremamente positiva. Basta dar uma olhada nas páginas que o pastor mantém na internet e nas redes sociais para perceber que ele não está sozinho nas pregações contra gays, religiões de matriz africana que lhe são atribuídas e que conta com respaldo. Quanto mais palanque o pastor ganhar, mais votos ele contabilizará em 2014, caso resolva disputar sua segunda eleição, e mais discos, DVDs e livros ele venderá. Apesar disso, não há como pedir para os ativistas dos direitos humanos que se conformem com a permanência dele no cargo. Resta só torcer para que toda essa confusão ajude a difundir a ideia de que todos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Em tempo queridos leitores: Esse pastor foi eleito com 200 mil votos e escolhido para para a presidência da Comissão dos Dieitos Humanos. Por que o escarcéu? Gente, os deputados João Paulo Cunha e José Genoíno, condenados a 17 anos de cadeia, também integram a Comissão de Justiça da Câmara. Cadê a militância gritando contra esse escárnio? Cade a UNE comprada? E a "turba" progressista? Quer saber? Foda-se essa merda toda!
Lula continua torrando nosso dinheiro
Itamaraty torra dinheiro público em palestras de Lula no exterior. Ex-presidente cobra até R$ 200 mil de "cachê" de empreiteiras.
O governo brasileiro também teve gastos com as viagens privadas ao exterior feitas pelo ex-presidente Lula. Ontem, a Folha
revelou que 13 de suas 30 viagens ao exterior após sair do cargo foram
bancadas por empreiteiras com interesses nos países visitados, conforme
telegramas obtidos via Itamaraty. Em parte dessas viagens, Lula recebeu
apoio de embaixadas, por meio de funcionários locais ou diplomatas
enviados do Brasil para acompanhá-lo. Há também pagamento de almoços e
aluguéis de material para a comitiva.
Segundo advogados e procuradores da República, gastos não previstos na
legislação podem gerar ações para ressarcir os cofres públicos. A lei
que trata dos direitos de ex-presidentes não prevê apoio diferenciado no
exterior -como no Brasil, são previstos oito assessores pagos pelo
governo, como seguranças e motoristas. Mas a tradição diplomática
costuma considerar isso uma cortesia.
Em algumas viagens de Lula ao exterior, o Itamaraty designou diplomatas
do alto escalão para acompanhá-lo. Foi o que ocorreu em viagem de Lula a
Moçambique e África do Sul, em 2012, quando o embaixador Paulo
Cordeiro, subsecretário-geral para África e Oriente Médio, foi o
encarregado da tarefa. O deslocamento de Lula foi bancado pela Camargo
Corrêa. De acordo com documento da embaixada, Lula ajudou as
empreiteiras ao "associar seu prestígio" a elas.
Além disso, o embaixador brasileiro em Pretória solicitou recursos para
enviar um diplomata e uma auxiliar administrativa para a vila onde Lula
teria encontro com o ex-presidente Nelson Mandela.O encontro foi
cancelado devido à saúde debilitada do sul-africano, mas o custo com
passagens da auxiliar administrativa (US$ 586,71) foi desembolsado. O
cancelamento do encontro ocorreu após a funcionária embarcar.
Em outras ocasiões, os diplomatas pedem recursos para participar dos
eventos privados de Lula. Em agosto de 2011, o embaixador brasileiro em
La Paz, Marcel Biato, solicitou "passagens aéreas e diárias
correspondentes" para acompanhar evento de Lula, patrocinado pela OAS,
em Santa Cruz de La Sierra.
Há também casos de gastos com aluguéis e alimentação. Em 15 de março de
2011, a Embaixada do Brasil em Doha (Qatar) solicitou que o Itamaraty
liberasse US$ 330,58 para pagar pelo aluguel de um computador e uma
impressora no "aposento do ex-presidente Lula, no Sheraton Hotel". A
viagem era privada, para participar de fórum da rede de TV Al Jazeera. Três
dias antes, a embaixada havia solicitado outros US$ 685,95 para "quitar
gastos extraordinários com cerimonial": um almoço no Nobles
Restaurante, um dos mais badalados do país, para Lula e acompanhantes.
"A verba atual é suficiente apenas para pagar as despesas ordinárias e
recorrentes do posto", escreveu a Brasília o embaixador Anuar Nahes,
hoje titular em Bagdá. Meses antes, as embaixadas haviam recebido ordem
para cortar gastos, no começo da gestão Dilma Rousseff.
Alguns postos solicitam o pagamento de horas extras para funcionários
devido à agenda de Lula no país. É o caso da Embaixada na Polônia, que
pediu pagamento adicional ao motorista do posto em setembro de 2011. O
funcionário levou o embaixador Carlos Magalhães de Varsóvia a Gdansk,
onde Lula receberia um prêmio. (Folha de São Paulo)
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