Tudo parecia estar muito bem combinado para que Renan Calheiros
(PMDB-AL) fosse eleito presidente do Senado na sexta-feira. Aí, o
Ministério Público apareceu, surgiram denúncias de corrupção contra ele e
o clima azedou. Mas só um pouco. Não será por causa das acusações dos
procuradores que Renan correrá o risco de não levar o que antes parecia
certo. O problema é que há caciques demais no PMDB que fazem parte do
acordão de sua candidatura. Só que, na hora de dividir os cargos desse
acordo, faltaram cadeiras para alguns se sentarem. A mais emblemática
delas é a do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o que
tem assento na Academia Brasileira de Letras e agora pretende se sentar
na cadeira de presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a
mais importante de todas elas.
Só que o posto já estava prometido ao senador Vital do Rego (PMDB-PB), que não teria para onde ir. É pouco? Não, tem mais confusão por aí. Vital do Rêgo iria substituir Eunício Oliveira (PMDB-CE) na Presidência da CCJ. Eunício seria o novo líder do partido na Casa, justamente no lugar de Renan Calheiros. Tudo acertado? Mais uma vez, nem tanto. Na divisão de cargos, caberia ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) a Segunda-Vice Presidência da Casa. Só que Jucá, que já foi líder, sabe que a liderança dá muito mais visibilidade e poder político. O que fez? Bateu o pé e quer ser líder de qualquer jeito.
As próximas horas serão de muitas conversas, tentativas de acordo, daqui e dali, muitas promessas. O problema é que a oposição também não sabe o que fazer. Só vai decidir amanhã se desce do muro, apoia a chapa oficial ou faz protesto com a candidatura de Pedro Taques (PDT-MT). Desse jeito, a melhor proposta até agora é do senador mais poeta da Casa. Eduardo Suplicy (PT-SP) sugere que todos se unam e elejam, quiçá por aclamação, o veterano e respeitado Pedro Simon (PMDB-RS). Seria a melhor solução, mas é sonho de uma noite de verão.
Só que o posto já estava prometido ao senador Vital do Rego (PMDB-PB), que não teria para onde ir. É pouco? Não, tem mais confusão por aí. Vital do Rêgo iria substituir Eunício Oliveira (PMDB-CE) na Presidência da CCJ. Eunício seria o novo líder do partido na Casa, justamente no lugar de Renan Calheiros. Tudo acertado? Mais uma vez, nem tanto. Na divisão de cargos, caberia ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) a Segunda-Vice Presidência da Casa. Só que Jucá, que já foi líder, sabe que a liderança dá muito mais visibilidade e poder político. O que fez? Bateu o pé e quer ser líder de qualquer jeito.
As próximas horas serão de muitas conversas, tentativas de acordo, daqui e dali, muitas promessas. O problema é que a oposição também não sabe o que fazer. Só vai decidir amanhã se desce do muro, apoia a chapa oficial ou faz protesto com a candidatura de Pedro Taques (PDT-MT). Desse jeito, a melhor proposta até agora é do senador mais poeta da Casa. Eduardo Suplicy (PT-SP) sugere que todos se unam e elejam, quiçá por aclamação, o veterano e respeitado Pedro Simon (PMDB-RS). Seria a melhor solução, mas é sonho de uma noite de verão.