domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
Rumo a colisão
Só Deus sabe como os números de Dilma Rousseff (PT) impressionam. A confiança
na presidente chega a 75% e a aprovação do governo supera 78% do
eleitorado. Isto com inflação em alta e apesar do pibinho de 0,9%. Será que brasileiro é igual a hiena, que gosta de comer coco? Além disso as
perspectivas para este ano na economia combinam uma inflação alta e
crescimento igual a do ano passado, ou seja, de 1%. O governo insiste em dizer que a renda da população continua
em alta e as taxas de desemprego baixas. Então, tá!
Os problemas de Dilma e
do PT, na verdade, não residem somente na oposição tradicional e sim no cerne
do governo e na nova oposição. A primeira preocupação atende pelo nome
de Eduardo Campos (PSB). O governador de Pernambuco dá sinais de que se
lançará candidato. Ainda que frente aos números atuais perca para Dilma
mesmo no próprio estado, a saída dos socialistas da coalizão
governamental deixará Dilma e o PT ainda mais reféns dos setores
conservadores que a apoiam.
Verdade seja dita que o próprio PT, nos
dias de hoje, já sofre de uma paralisia. O partido vibrante dos anos 80 e
90 cedeu lugar à uma confederação de burocratas que estão mais
preocupados em manter os acordos e acertos eleitorais do que em inovar
na política.
Toda uma geração que participou da criação e deu
sustentação ao PT vai gradativamente saindo de cena ou sendo atraída por
propostas menos piores como a Rede de Marina Silva ou por uma
esquerda mais tradicional como o PSOL. Eu sou mais o PSOL.
Se tudo aponta, por ora, para
uma vitória de Dilma no ano que vem, a configuração do futuro governo e
a situação de seu principal partido sugerem que este pode ser o
derradeiro suspiro da geração que mudou o país. Mas se a marca da
mudança foi a sua característica, nada indica que seguirá trilhando por
este caminho. O PT e Dilma estão sendo empurrados cada vez mais à
direita.
sexta-feira, 29 de março de 2013
Deus é realmente brasileiro
Dilma quando pensou a Comissão da Verdade imaginou alguma coisa mais
dinâmica, que através dos relatos dos porões da ditadura e de uma
consistente apuração dos fatos pudesse chamar a atenção do brasileiro
para algo descoberto e propagado no mundo civilizado desde o século
XVIII: os direitos humanos. Dilma possivelmente tinha em mente que a
partir dos relatos dos crimes da ditadura a opinião pública nacional se
inflamasse e não deixasse impunes crimes de tortura, de assassinato,
estupro e outros mais cometidos durante aquela longa noite iniciada em
31 de março de 1964. Mas, por mais que se esforcem os seus membros, a
nossa Comissão da Verdade se transformou em algo incapaz de produzir um
fato político significativo.
A chance perdida no Executivo poderia ter sido aproveitada pelo Legislativo. Lá existia uma Comissão de Direitos Humanos. Entretanto, os partidos tradicionais tinham mais o que fazer. Na partilha do jogo parlamentar, a comissão sobrou para o PSC. Não se sabe de quem foi a ideia de entregar a sua presidência ao pastor Feliciano (SP), mas é indubitável que a inspiração só pode ter sido divina. Entre a miopia dos partidos tradicionais e a notória estupidez política dos nanicos, Feliciano apareceu para salvar a cena. Através desta “incrível” criatura ficamos sabendo o que se propaga nos cultos religiosos de determinados evangélicos, do racismo fundamentalista à homofobia tradicional.
Literalmente Feliciano conseguiu o que nem “a modernidade brasileira” – se é que existiu uma – havia conseguido: quebrar o encanto do crescimento evangélico na política. Obviamente que Feliciano não representa os evangélicos como um todo. Os setores mais consequentes deste ramo religioso estão seriamente preocupados com os estragos já causados e com aqueles que ainda virão. Mas Feliciano não está só. Esta semana o PSC reiterou o apoio à sua permanência na presidência da comissão. Em nome do seu Deus, Feliciano vai continuar. Contra ele, em nome dos homens, milhões de cidadãos que anseiam pela manutenção do Estado laico no Brasil e pelo direito à diferença. Este não é o debate que a presidente queria, menos ainda o que os cidadãos brasileiros mereciam, mas enfim os direitos humanos entraram no centro da política nacional.
quinta-feira, 28 de março de 2013
Rezar para qual Deus?
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), não desiste. Muito antes pelo contrário, ele insiste. Convocou os líderes partidários para se reunirem com o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), para tentar convencê-lo a deixar a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Casa. Pelo jeito, Henrique Alves vai aproveitar e passar a semana santa rezando, ou melhor, orando, para que os seus colegas líderes consigam demovê-lo da fiel disposição de permanecer à frente da comissão. Feliciano não pode ser destituído, ensinam os versículos do regimento interno. Tem que sair por vontade própria. Ou morto, como ele próprio diz que é o único jeito de tirá-lo do cargo.
Henrique Eduardo Alves afirma que a maioria dos líderes partidários é contrária à permanência de Feliciano no comando da CDH, logo ela, que atrai atenção de entidades como a Anistia Internacional e outras mundialmente conhecidas na defesa das minorias. Só que é preciso combinar com os gregos.
“Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. O PSC não abre mão da indicação feita pelo partido. O deputado Marco Feliciano foi eleito por maioria dos membros da comissão e é um deputado ficha-limpa, tendo todas as prerrogativas para ocupar a presidência da comissão.” A nota divulgada pelo partido mostra que não será fácil convencer o deputado a mudar de ideia. Enquanto briga, conquista mais simpatizantes entre os evangélicos e incrementa a venda de livros e outros produtos de sua autoria. Por que então entregar a rapadura?
Enquanto Feliciano apanha, ninguém fala dos partidos ideológicos, entre eles o PCdoB, que tinham prioridade de escolha e abriram mão da comissão. Deu no que deu. Agora resta chorar o vinho derramado e rezar para que Deus encontre uma solução. Bem, qual Deus é que está difícil saber.
Henrique Eduardo Alves afirma que a maioria dos líderes partidários é contrária à permanência de Feliciano no comando da CDH, logo ela, que atrai atenção de entidades como a Anistia Internacional e outras mundialmente conhecidas na defesa das minorias. Só que é preciso combinar com os gregos.
“Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. O PSC não abre mão da indicação feita pelo partido. O deputado Marco Feliciano foi eleito por maioria dos membros da comissão e é um deputado ficha-limpa, tendo todas as prerrogativas para ocupar a presidência da comissão.” A nota divulgada pelo partido mostra que não será fácil convencer o deputado a mudar de ideia. Enquanto briga, conquista mais simpatizantes entre os evangélicos e incrementa a venda de livros e outros produtos de sua autoria. Por que então entregar a rapadura?
Enquanto Feliciano apanha, ninguém fala dos partidos ideológicos, entre eles o PCdoB, que tinham prioridade de escolha e abriram mão da comissão. Deu no que deu. Agora resta chorar o vinho derramado e rezar para que Deus encontre uma solução. Bem, qual Deus é que está difícil saber.
quarta-feira, 27 de março de 2013
Guerra dos royalties promete
A guerra dos royalties do petróleo ainda promete novos e emocionantes
capítulos. Na semana passada, o líder do PT na Câmara dos Deputados,
José Guimarães (CE), aquele que é irmão de José Genoino (PT-SP), já
havia cobrado uma posição da Casa em relação à liminar concedida pela
ministra Cármen Lúcia, suspendendo a divisão igualitária do dinheiro.
“Essa Casa é política e nós temos que nos manifestar politicamente”,
cobrou Guimarães. Pelo jeito, a reclamação deu certo, só que foi
atendida em outra Casa, no Senado, já que seu presidente, Renan
Calheiros (PMDB-AL), é também o comandante do Congresso.
E foi em nome do Congresso Nacional que o recurso foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O agravo regimental usa termos fortes, que dão o que pensar, diante do papel legislador que a mais alta corte do país tem tido em temas polêmicos nos últimos tempos. “O Supremo Tribunal Federal não pode se constituir em instância revisora das decisões políticas do Poder Legislativo, sob pena de subverter a harmonia e a independência dos poderes da República”, explicou em nota a assessoria jurídica do Senado.
A briga deve continuar. Outras ações deverão ser apresentadas, especialmente pelos estados ditos não produtores, que preparam ação direta de constitucionalidade, também conhecida como ação de declaração de constitucionalidade.
O fato é que os três poderes existem para garantir a democracia. Sem a Justiça, o país perde o senso comum. Sem o Executivo, fica sem administração pública, fica desgovernado. E sem o Legislativo fica sem a voz do povo e sem as novas leis que precisam ser feitas diante das mudanças que ocorrem no mundo cada vez mais rapidamente.
Por isso é tão importante que haja harmonia. Se há disputa, o melhor a fazer é dar logo uma resposta à sociedade e atender os anseios da população o mais rápido possível.
E foi em nome do Congresso Nacional que o recurso foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O agravo regimental usa termos fortes, que dão o que pensar, diante do papel legislador que a mais alta corte do país tem tido em temas polêmicos nos últimos tempos. “O Supremo Tribunal Federal não pode se constituir em instância revisora das decisões políticas do Poder Legislativo, sob pena de subverter a harmonia e a independência dos poderes da República”, explicou em nota a assessoria jurídica do Senado.
A briga deve continuar. Outras ações deverão ser apresentadas, especialmente pelos estados ditos não produtores, que preparam ação direta de constitucionalidade, também conhecida como ação de declaração de constitucionalidade.
O fato é que os três poderes existem para garantir a democracia. Sem a Justiça, o país perde o senso comum. Sem o Executivo, fica sem administração pública, fica desgovernado. E sem o Legislativo fica sem a voz do povo e sem as novas leis que precisam ser feitas diante das mudanças que ocorrem no mundo cada vez mais rapidamente.
Por isso é tão importante que haja harmonia. Se há disputa, o melhor a fazer é dar logo uma resposta à sociedade e atender os anseios da população o mais rápido possível.
terça-feira, 26 de março de 2013
E agora, José?
Pânico na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados. Literalmente, pois foi no programa com esse nome que o
presidente da comissão, Marco Feliciano (PSC-SP), só faltou cantar a
antiga marchinha de carnaval: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira. O
senhor tem paciência de esperar. Aonde é que vou parar?” O senhor em
questão deve ser Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Casa,
que promete uma solução para o impasse ainda hoje. Henrique Alves tem
repetido que a situação é “insustentável”. O problema é que, para isso,
ele precisa combinar com o inimigo. Não há outro jeito de ele sair, a
não ser amigavelmente, fazendo um acordo com os colegas e com o comando
da Câmara.
A culpa é do regimento. Depois de eleito, o presidente de uma comissão só sai em caso de renúncia ou morte. Fora isso, só por iniciativa própria. E Feliciano tem dado todos os indicativos de que não é esse o caminho que ele quer seguir. Tanto que já avisou que pretende fazer viagem oficial à Bolívia para verificar a situação dos 10 torcedores do Corinthians presos naquele país desde a morte de um jovem torcedor, em fevereiro, no jogo contra o San Jose. E a comissão já aprovou requerimento pedindo que o Ministério das Relações Exteriores determine que a Embaixada do Brasil interceda e preste total assistência aos brasileiros detidos. Pode até estar jogando para a plateia, mas a plateia corintiana é bem grande.
O comando da Câmara dos Deputados terá que agir com muita diplomacia ou com muito rigor. Afinal, Feliciano alega que, se sair, estaria assinando confissão de que é racista. E ele jura que não é. “Eu não sou racista e estou aqui para provar isso.”
Pois é, quem diria? É uma verdadeira encruzilhada. Defensores de Direitos Humanos já trabalham a criação de uma Frente Parlamentar para fazer sombra à comissão. O presidente dela bate o pé. Os militantes batem o bumbo. Quem levará a melhor?
A culpa é do regimento. Depois de eleito, o presidente de uma comissão só sai em caso de renúncia ou morte. Fora isso, só por iniciativa própria. E Feliciano tem dado todos os indicativos de que não é esse o caminho que ele quer seguir. Tanto que já avisou que pretende fazer viagem oficial à Bolívia para verificar a situação dos 10 torcedores do Corinthians presos naquele país desde a morte de um jovem torcedor, em fevereiro, no jogo contra o San Jose. E a comissão já aprovou requerimento pedindo que o Ministério das Relações Exteriores determine que a Embaixada do Brasil interceda e preste total assistência aos brasileiros detidos. Pode até estar jogando para a plateia, mas a plateia corintiana é bem grande.
O comando da Câmara dos Deputados terá que agir com muita diplomacia ou com muito rigor. Afinal, Feliciano alega que, se sair, estaria assinando confissão de que é racista. E ele jura que não é. “Eu não sou racista e estou aqui para provar isso.”
Pois é, quem diria? É uma verdadeira encruzilhada. Defensores de Direitos Humanos já trabalham a criação de uma Frente Parlamentar para fazer sombra à comissão. O presidente dela bate o pé. Os militantes batem o bumbo. Quem levará a melhor?
segunda-feira, 25 de março de 2013
O judiciário é mesmo uma grande família. Agora eles nem mesmo escondem mais a origem
A presidente do Tribunal de
Justiça do Rio, desembargadora Leila Mariano, empossou nesta segunda-feira, dia 25, a procuradora de
Justiça do Ministério Público do Rio Mônica de Faria Sardas no cargo de
desembargadora do Tribunal, em solenidade no Órgão Especial do TJRJ.
“Temos que dar destaque a esta
posse, pois enche de júbilo não só a empossada, mas também a mãe, a
desembargadora do TJRJ Letícia Sardas, que foi a sua mentora intelectual. Ela
transformou a menininha Mônica no que é. Homenageio assim todas as mães, pois a
gente precisa acreditar na educação de nossos filhos”, disse a presidente do TJRJ. E complementou: “Tenho certeza que acertamos
ao escolher seu nome. Ela tem estória no mundo jurídico de nosso Estado. Fará
com que o nome Faria Sardas seja uma referência. É uma colega capaz, dinâmica e
será parceira nas lutas do Judiciário”.
A desembargadora Mônica Sardas,
que foi promotora de Justiça durante 22 anos, foi escolhida com base na lista
tríplice encaminhada pelo Tribunal Pleno ao governador Sergio Cabral para o
preenchimento da vaga do quinto constitucional destinada a membros do MP. Formada em Direito pela Universidade Federal
Fluminense (UFF), ela ingressa no TJRJ na vaga decorrente da aposentadoria da
desembargadora Maria Henriqueta do Amaral Fonseca Lobo.
“A emoção é muito forte, porque
estou seguindo a profissão de minha mãe.
Além disso, estou mostrando o
valor das mulheres”, disse a nova desembargadora, que adentrou o Órgão Especial
na companhia de suas madrinhas: sua mãe,
a atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio
(TRE), desembargadora Letícia de Faria
Sardas, e da desembargadora Suely Lopes Magalhães. Em tempo: segundo
a juíza Denise Frossard, a desembargadora Suely Magalhães, pediu a ela Denise e à sua amiga Ierecê Lins
Aymoré, além de Mauro Amim, amigo das duas, uma grana alta para comprar um luxuoso apartamento
na Lagoa Rodrigo de Freitas há quase uma década, mas esqueceu de quitar o
empréstimo.
A desembargadora Letícia Sardas
falou de sua emoção neste momento tão especial: “Estou flanando de alegria.
Desde pequena ela queria seguir este caminho. Fui fonte de referência para
ela”, afirmou.
Estiveram presentes à cerimônia o
subprocurador do Estado do Rio, Leonardo Espíndola, representando o governador
Sergio Cabral; o subprocurador geral de Justiça de Assuntos Institucionais e
Judiciário, Sergio Roberto Ulhoa Pimentel, representando o procurador-geral de
Justiça,Marfan Vieira; o conselheiro Bruno Calfat, representando o presidente
da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz; o presidente do Tribunal de Contas do Município
do Rio, Thiers Viana Montebelo; os ex-presidentes do TJRJ, desembargadores
Miguel Pachá, Antonio Carlos Amorim e Luiz Zveiter; o presidente da Amaerj, desembargador Cláudio
dell’Orto; entre outros.
domingo, 24 de março de 2013
Cenas inéditas da violência policial no despejo da Aldeia Maracanã
Na madrugada de ontem, dia 22 de março, a tropa de choque da polícia militar cercou o prédio da Aldeia Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro. O objetivo do gerenciamento Sérgio Cabral era desocupar o antigo Museu do Índio, onde viviam cerca de 50 indigenas de 20 etinias diferentes. A ação é parte do cronograma de obras de restauração do estádio Maracanã para a Copa e as Olimpíadas. Desde a chegada da polícia o clima foi de tensão, e a todo momento flagrantes de abusos eram registrados pelas câmeras do jornal "A Nova Democracia". Confira agora as cenas da violência desproporcional utilizada pela PM contra os índios, seus apoiadores e centenas de manifestantes que protestavam do lado de fora da Aldeia. Bombas de gás, spray de pimenta, tiros de bala de borracha, agressões e prisões arbitrárias foram os ingredientes que marcaram mais uma ação criminosa do Estado contra os povos indígenas.
Link: http://youtu.be/jxrZLuAgJo4
Link: http://youtu.be/jxrZLuAgJo4
sábado, 23 de março de 2013
Tributação maldita
Custou ver aprovada pelo Congresso Nacional a extinção do cretino
imposto chamado CPMF. Não bastasse, ainda existem parlamentares
nostálgicos e apaixonados por esse vergonhoso imposto que servia para
tudo menos para os objetivos que se esperavam dele: a saúde. Como todos
os eleitores, a partir do término das eleições somos alijados de todo o
processo político e deslegitimados da representatividade. Sofremos o
castigo por ter confiado nosso voto naquele que, mais tarde, depois de
eleito, deu as costas aos nossos anseios, que não são muitos, mas o
suficiente para acreditar em uma política, séria, ética, moralista,
responsável e comprometida com o avanço social. Mas não é o que vemos,
infelizmente. A sociedade já não suporta tais expedientes, o que ela
quer dos seus representantes no Parlamento é simplesmente trabalho.
Trabalho voltado para melhorias estruturais de que o país precisa; o que
não temos observado nesses últimos anos. Há muitos problemas a serem
discutidos em vez de pensar em criar mais impostos.
Pastor Feliciano é o cacete!
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que há quase um mês é bombardeado de
todos os lados por causa de declarações consideradas preconceituosas
contra negros, homossexuais e mais recentemente mulheres, não dá mostras
de que pretenda deixar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
da Câmara dos Deputados. Pelo contrário. O deputado deu reiteradas
declarações de que vai permanecer no cargo e ontem posou como presidente
da comissão ao lado do embaixador do Irã, Mohamad Ali Ghanezadeh
Ezabadi, para tratar do caso de um iraniano preso no Brasil. O
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), promete
uma solução para terça-feira, mas não deu pistas do que pretende fazer.
É que não existe dentro do regimento interno da Câmara nenhuma norma que resolva o impasse causado pela ascensão de Feliciano ao cargo de presidente da comissão. Se ele não renunciar, não há como tirá-lo. A única possibilidade de afastamento prevista nas normas internas da Casa é se o presidente ou outro integrante da comissão se ausentar dos trabalhos de maneira reiterada e sem justificativa. Ou seja, Feliciano só sai se quiser. Só deixa o cargo se seus companheiros de bancada o convencerem a tomar essa atitude.
O problema é que para Feliciano toda essa polêmica é extremamente positiva. Basta dar uma olhada nas páginas que o pastor mantém na internet e nas redes sociais para perceber que ele não está sozinho nas pregações contra gays, religiões de matriz africana que lhe são atribuídas e que conta com respaldo. Quanto mais palanque o pastor ganhar, mais votos ele contabilizará em 2014, caso resolva disputar sua segunda eleição, e mais discos, DVDs e livros ele venderá. Apesar disso, não há como pedir para os ativistas dos direitos humanos que se conformem com a permanência dele no cargo. Resta só torcer para que toda essa confusão ajude a difundir a ideia de que todos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
É que não existe dentro do regimento interno da Câmara nenhuma norma que resolva o impasse causado pela ascensão de Feliciano ao cargo de presidente da comissão. Se ele não renunciar, não há como tirá-lo. A única possibilidade de afastamento prevista nas normas internas da Casa é se o presidente ou outro integrante da comissão se ausentar dos trabalhos de maneira reiterada e sem justificativa. Ou seja, Feliciano só sai se quiser. Só deixa o cargo se seus companheiros de bancada o convencerem a tomar essa atitude.
O problema é que para Feliciano toda essa polêmica é extremamente positiva. Basta dar uma olhada nas páginas que o pastor mantém na internet e nas redes sociais para perceber que ele não está sozinho nas pregações contra gays, religiões de matriz africana que lhe são atribuídas e que conta com respaldo. Quanto mais palanque o pastor ganhar, mais votos ele contabilizará em 2014, caso resolva disputar sua segunda eleição, e mais discos, DVDs e livros ele venderá. Apesar disso, não há como pedir para os ativistas dos direitos humanos que se conformem com a permanência dele no cargo. Resta só torcer para que toda essa confusão ajude a difundir a ideia de que todos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Em tempo queridos leitores: Esse pastor foi eleito com 200 mil votos e escolhido para para a presidência da Comissão dos Dieitos Humanos. Por que o escarcéu? Gente, os deputados João Paulo Cunha e José Genoíno, condenados a 17 anos de cadeia, também integram a Comissão de Justiça da Câmara. Cadê a militância gritando contra esse escárnio? Cade a UNE comprada? E a "turba" progressista? Quer saber? Foda-se essa merda toda!
Lula continua torrando nosso dinheiro
Itamaraty torra dinheiro público em palestras de Lula no exterior. Ex-presidente cobra até R$ 200 mil de "cachê" de empreiteiras.
O governo brasileiro também teve gastos com as viagens privadas ao exterior feitas pelo ex-presidente Lula. Ontem, a Folha
revelou que 13 de suas 30 viagens ao exterior após sair do cargo foram
bancadas por empreiteiras com interesses nos países visitados, conforme
telegramas obtidos via Itamaraty. Em parte dessas viagens, Lula recebeu
apoio de embaixadas, por meio de funcionários locais ou diplomatas
enviados do Brasil para acompanhá-lo. Há também pagamento de almoços e
aluguéis de material para a comitiva.
Segundo advogados e procuradores da República, gastos não previstos na
legislação podem gerar ações para ressarcir os cofres públicos. A lei
que trata dos direitos de ex-presidentes não prevê apoio diferenciado no
exterior -como no Brasil, são previstos oito assessores pagos pelo
governo, como seguranças e motoristas. Mas a tradição diplomática
costuma considerar isso uma cortesia.
Em algumas viagens de Lula ao exterior, o Itamaraty designou diplomatas
do alto escalão para acompanhá-lo. Foi o que ocorreu em viagem de Lula a
Moçambique e África do Sul, em 2012, quando o embaixador Paulo
Cordeiro, subsecretário-geral para África e Oriente Médio, foi o
encarregado da tarefa. O deslocamento de Lula foi bancado pela Camargo
Corrêa. De acordo com documento da embaixada, Lula ajudou as
empreiteiras ao "associar seu prestígio" a elas.
Além disso, o embaixador brasileiro em Pretória solicitou recursos para
enviar um diplomata e uma auxiliar administrativa para a vila onde Lula
teria encontro com o ex-presidente Nelson Mandela.O encontro foi
cancelado devido à saúde debilitada do sul-africano, mas o custo com
passagens da auxiliar administrativa (US$ 586,71) foi desembolsado. O
cancelamento do encontro ocorreu após a funcionária embarcar.
Em outras ocasiões, os diplomatas pedem recursos para participar dos
eventos privados de Lula. Em agosto de 2011, o embaixador brasileiro em
La Paz, Marcel Biato, solicitou "passagens aéreas e diárias
correspondentes" para acompanhar evento de Lula, patrocinado pela OAS,
em Santa Cruz de La Sierra.
Há também casos de gastos com aluguéis e alimentação. Em 15 de março de
2011, a Embaixada do Brasil em Doha (Qatar) solicitou que o Itamaraty
liberasse US$ 330,58 para pagar pelo aluguel de um computador e uma
impressora no "aposento do ex-presidente Lula, no Sheraton Hotel". A
viagem era privada, para participar de fórum da rede de TV Al Jazeera. Três
dias antes, a embaixada havia solicitado outros US$ 685,95 para "quitar
gastos extraordinários com cerimonial": um almoço no Nobles
Restaurante, um dos mais badalados do país, para Lula e acompanhantes.
"A verba atual é suficiente apenas para pagar as despesas ordinárias e
recorrentes do posto", escreveu a Brasília o embaixador Anuar Nahes,
hoje titular em Bagdá. Meses antes, as embaixadas haviam recebido ordem
para cortar gastos, no começo da gestão Dilma Rousseff.
Alguns postos solicitam o pagamento de horas extras para funcionários
devido à agenda de Lula no país. É o caso da Embaixada na Polônia, que
pediu pagamento adicional ao motorista do posto em setembro de 2011. O
funcionário levou o embaixador Carlos Magalhães de Varsóvia a Gdansk,
onde Lula receberia um prêmio. (Folha de São Paulo)
sexta-feira, 22 de março de 2013
Professora do Papa
Dona Dilma e seu bando viajam a Roma e hospedam-se em hotel que está
custando ao erário brasileiro diárias de mais de R$ 7.000. Foi ensinar
ao papa ser papa e dizer que ele, além da opção pelos pobres, deve
respeitar a opção das pessoas. Aliás por falar em pobreza, a nossa
"presidenta" é mestre na erradicação dessa praga. Ela já fez no Brasil
com sucesso; deu dois reais e cinquenta centavos diários a cada
brasileiro sem renda e os transferiu, em cartório, da pobreza extrema
para a classe média. A miséria no país da fantasia finalmente está
extinta.
Veja que a população do Piauí até já escolheu sua principal
fonte de proteína, trata-se de um roedor conhecido na região da caatinga
com "rato rabudo". Coitados dessa espécie, logo será extinta. Em
Brasília, uma outra espécie, a "rattus norvegicus", popularmente
conhecida por ratazanas, tem olfato bem mais aguçado e geração rápida;
dá origem a vários descendentes, que em pouco tempo já se mostram
dependentes dos cofres públicos. Essa espécie do serrado não corre o
menor risco de extinção, circula em bandos nos porões do Executivo.
Quando se vê ameaçada procura blindagem nos porões do Legislativo e, em
último caso, apela para o Judiciário, onde alguns da espécie conseguiram
se infiltrar na corte suprema e trabalham incessantemente na defesa dos
seus semelhantes”.
* Médico que se dedica a escrever cartas a jornais, sobre os gastos faraônicos da
Presidenta Dilma Rousseff.
CNJ faz despesa suspeita de R$ 8,69 milhões
Por Felipe Recondo
Uma nova compra milionária feita pelo Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) está gerando novas suspeitas entre os integrantes do próprio
órgão. Depois de adquirir um sistema de banco de dados no valor de R$ 86
milhões por meio de concorrência colocada sob suspeita, o CNJ comprou,
no apagar das luzes de 2011, uma sala-cofre de R$ 8,69 milhões sem
licitação.
Essa sala-cofre foi comprada no dia 29 de dezembro e será
instalada, conforme o CNJ, no prazo de 150 dias. Nessa sala serão
guardados os equipamentos que foram adquiridos na licitação feita no ano
passado também a toque de caixa. Operação que, de acordo com a IBM, que
tentou impugnar o edital, sofria de "grave direcionamento" e fatalmente
levaria o CNJ a comprar produtos da Oracle, o que se confirmou ao final
do processo.
Por conta dessa licitação e das críticas que fez à compra, o
diretor do Departamento de Tecnologia e Informação do CNJ, Declieux Dias
Dantas, foi exonerado.
Integrantes do CNJ dizem considerar no mínimo suspeita a nova
compra. Um dos conselheiros classificou como "assustador" esse processo
de compras no Conselho. Diante de todas as suspeitas, o assunto deve ser
discutido publicamente na primeira sessão deste ano do CNJ. No próximo
dia 26, os conselheiros se reúnem para votar o orçamento de 2012 do
órgão.
A cúpula do Conselho levou a proposta orçamentária para ser
aproada no final do ano passado. No entanto, conselheiros haviam
recebido o texto no apagar das luzes e exigiram, com base no regimento
interno, que uma sessão exclusiva fosse agendada para isso.
Oficialmente, o CNJ informou que decidiu dispensar de licitação
essa compra porque somente uma empresa no País estaria habilitada para
fornecer esse serviço, a Aceco TI Ltda. "Foi solicitada uma declaração
de exclusividade que foi emitida pela Associação Comercial do Distrito
Federal", informou o CNJ.
No final do ano passado, o jornal O Estado de S. Paulo revelou
que uma licitação milionária no conselho gerou suspeitas no Supremo
Tribunal Federal (STF) e no CNJ. A multinacional IBM contestou a
regularidade da licitação. Nessa contestação, afirmou que diversas
especificações técnicas feitas pelo CNJ só são encontradas em produtos
da Oracle.
No edital, afirmava a IBM, o CNJ informava que pretendia buscar o
mesmo sistema de banco de dados que foi instalado nos tribunais de
Justiça de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e que também
seria utilizado pela Corte Suprema dos Estados Unidos.
"É justamente aí que se dá a quebra da isonomia e da
proporcionalidade", criticou a IBM. "Nitidamente há uma deliberada
intenção de fazer exitosa a mesma fabricante que implementou soluções
semelhantes nos estados e país acima referidos. Porém tal ato é ilegal."
A empresa acrescenta: "Na forma como foi redigido o edital, apenas a
Oracle terá chances de vencer o certame. Alijadas estarão todas as
demais concorrentes."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
quinta-feira, 21 de março de 2013
Quem acredita em gnomos e fadas?
Deveria ter acontecido ontem a escolha do novo presidente do Conselho de
Ética da Câmara dos Deputados. Deveria. Ficou para a semana que vem. O
colegiado, que teve momentos de glória e deu orgulho ao Brasil em
passado recente, agora está completamente esvaziado. O alto clero da
Casa quer distância dos problemas e das pizzas assadas por lá nos
últimos tempos. É raro encontrar um parlamentar combativo que queira
integrar o colegiado. E olha que o indicado só pode ser substituído se
sofrer processo disciplinar, renunciar ou morrer. Mas, pelo jeito, quem
renunciou a cumprir suas obrigações foi o próprio Conselho de Ética.
Está praticamente morto. Pode ressuscitar? Quem sabe?
Em seus tempos gloriosos, o conselho teve oportunidade de pedir as cassações de Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de José Dirceu (PT-SP), aprovadas em plenário. Hoje, réus no escândalo do mensalão, que os tirou do Congresso, eles estão condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também por envolvimento com o mensalão, o último deputado indicado para ser cassado pelo Conselho de Ética foi Pedro Corrêa (PP-MT). E isso aconteceu em 2006.
De lá para cá, o cheiro de orégano foi a marca das seguidas pizzas que por lá passaram. Teve deputado do castelo, teve de tudo. E nada de punições. O relator do caso do parlamentar mineiro do castelo, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), chegou a dizer que “estava se lixando para a opinião pública”.
É improvável que o Supremo não casse os deputados envolvidos no escândalo do mensalão. Mas, caso isso acontecesse, João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoíno (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP) poderiam ser julgados pelo colegiado da Câmara. Qual seria o resultado? Não foi à toa que a definição da composição do Conselho de Ética foi adiada. Ainda há muita conversa e conchavos políticos para serem jogados fora. Pobre Legislativo brasileiro.
Em seus tempos gloriosos, o conselho teve oportunidade de pedir as cassações de Roberto Jefferson (PTB-RJ) e de José Dirceu (PT-SP), aprovadas em plenário. Hoje, réus no escândalo do mensalão, que os tirou do Congresso, eles estão condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também por envolvimento com o mensalão, o último deputado indicado para ser cassado pelo Conselho de Ética foi Pedro Corrêa (PP-MT). E isso aconteceu em 2006.
De lá para cá, o cheiro de orégano foi a marca das seguidas pizzas que por lá passaram. Teve deputado do castelo, teve de tudo. E nada de punições. O relator do caso do parlamentar mineiro do castelo, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), chegou a dizer que “estava se lixando para a opinião pública”.
É improvável que o Supremo não casse os deputados envolvidos no escândalo do mensalão. Mas, caso isso acontecesse, João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoíno (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP) poderiam ser julgados pelo colegiado da Câmara. Qual seria o resultado? Não foi à toa que a definição da composição do Conselho de Ética foi adiada. Ainda há muita conversa e conchavos políticos para serem jogados fora. Pobre Legislativo brasileiro.
quarta-feira, 20 de março de 2013
As pesquisas não batem
A presidente Dilma Rousseff estava abençoada ontem no encontro que teve
com o papa Francisco, depois da cerimônia que marca o início de seu
pontificado. Até porque tinha um assunto comum a tratar com o novo
pontífice. Ambos têm grande preocupação com a pobreza, só que a pobreza no Brasil tem
dado um péssimo exemplo ao resto do mundo. “É uma postura
importante”, disse Dilma, em referência ao carinho e o cuidado que o
papa tem com os pobres. Dilma falou pouco, mas não deixou de levantar,
bem de leve, uma questão que incomoda o Vaticano: “O mundo pede que as
opções diferenciadas das pessoas sejam compreendidas”. São as polêmicas
em torno de casamento de pessoas do mesmo sexo, aborto e outros dogmas.
Bem, deixa para lá, até porque...
Outra bênção, esta estranha, para Dilma veio do Brasil, mais especificamente da pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. O levantamento mostrou o seu melhor desempenho desde o início do governo, com 63% de ótimo/bom no conceito da população. Como é que pode? Para se ter uma ideia, a esta altura em suas gestões, os índices de Lula eram de 39% e os de Fernando Henrique Cardoso atingiam 56%. São números do primeiro mandato dos ex-presidentes. Eu não acredito. Vai no supermercado e depois me diga se você acredita.
Pela primeira vez também, embora em empate técnico, os eleitores julgaram que Dilma faz um governo melhor do que o de Lula. Não é de comemorar muito, já que Lula e Dilma são farinha do mesmo saco.
Mas são boas notícias boas para a oposição, que tenta antecipar o debate eleitoral. Serve de alerta, viu? No ninho tucano, a guerra fratricida pode pôr tudo a perder. A disputa entre as facções, em especial a comandada pelo ex-governador José Serra, só interessa ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, que vem cavando adeptos fora de sua área de atuação e pode tirar do PSDB o papel de protagonista da oposição. Dilma, do alto de sua fake popularidade, vai ficar só observando, enquanto dá um cargo aqui e ali para manter uma forte coalizão.
Outra bênção, esta estranha, para Dilma veio do Brasil, mais especificamente da pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem. O levantamento mostrou o seu melhor desempenho desde o início do governo, com 63% de ótimo/bom no conceito da população. Como é que pode? Para se ter uma ideia, a esta altura em suas gestões, os índices de Lula eram de 39% e os de Fernando Henrique Cardoso atingiam 56%. São números do primeiro mandato dos ex-presidentes. Eu não acredito. Vai no supermercado e depois me diga se você acredita.
Pela primeira vez também, embora em empate técnico, os eleitores julgaram que Dilma faz um governo melhor do que o de Lula. Não é de comemorar muito, já que Lula e Dilma são farinha do mesmo saco.
Mas são boas notícias boas para a oposição, que tenta antecipar o debate eleitoral. Serve de alerta, viu? No ninho tucano, a guerra fratricida pode pôr tudo a perder. A disputa entre as facções, em especial a comandada pelo ex-governador José Serra, só interessa ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, que vem cavando adeptos fora de sua área de atuação e pode tirar do PSDB o papel de protagonista da oposição. Dilma, do alto de sua fake popularidade, vai ficar só observando, enquanto dá um cargo aqui e ali para manter uma forte coalizão.
segunda-feira, 18 de março de 2013
Atenção estrangeiros!
O estrangeiro que vier ao Brasil para "Jornada Mundial da Juventude", "Copa das Confederações" ou Copa do Mundo" tem que saber o seguinte: (The foreigner who comes to Brazil to "World Youth Journey", "Confederations Cup" or the World Cup "has to know the following:)
Se você vier com sua esposa, seus filhos, noras, genros, netos, almoçar fora no domingo e tomar 1 ou 2 chopps, ou 1 ou 2 copos de cerveja no almoço e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.
Se você comer 1, 2 ou 3 bombons de licor, tomar xarope para a tosse ou tomar alguns comprimidos de homeopatia e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.
Se você fumar maconha, fumar crack, cheirar cocaína, tomar comprimidos de extazy, tomar injeção de heroína ou ópio e for parado numa blitz, nada vai acontecer.
Se você roubar, assaltar, estuprar, atropelar e até matar alguém, com um bom advogado, o máximo que vai acontecer é você esperar o julgamento em liberdade e se for condenado como réu primário, ir para o regime semiaberto. E se tiver bom comportamento só vai cumprir um terço da pena.
Já se você roubar milhões de reais do povo ou dos cofres públicos, várias coisas podem acontecer: vai se eleger deputado ou senador, vai passar 15 dias num resort na Bahia em companhia da amante, vai ser eleito presidente do Senado, vai ser nomeado ministro ou presidente de uma agência controladora.
E mais um detalhe: se você tiver menos de 18 anos completos, aí você pode beber e dirigir como quiser, roubar, assaltar, estuprar e matar à vontade, que não tem problema algum. Você não pode ser preso porque é criança.
Agora o melhor de tudo: se você tem uma arma em casa ou no hotel, comprada regularmente depois de passar por todas as dificuldades da compra, com todos os atestados, testes e documentos apresentados e tiver a infelicidade de atirar em um bandido que entrou na sua casa para roubar o que é seu, será preso por tentativa de homicídio e terá que pagar indenização ao bandido por danos físicos e morais. Pior ainda se o bandido for menor. Aí você está lascado mesmo. E se por acaso ele estiver desarmado, aí é caso de tentativa de homicídio qualificado, sem possibilidade de defesa da vítima. Portanto cuidado: se um bandido entrar na sua casa, antes de atirar pergunte educadamente o que ele deseja, pergunte se ele está armado e pergunte se ele é menor.
Agora veja a cara do seu amigo estrangeiro. Ele está pensando se você é gozador, mentiroso ou ignorante mesmo. Afinal você é brasileiro.
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