Os brasileiros, direta ou indiretamente, estão acompanhando os primeiros
passos do julgamento do mensalão. Considero esse momento uma
oportunidade singular para que professores, alunos e a sociedade em
geral discutam e reflitam sobre a ética na política. O momento é
oportuno e histórico, porque coincide com as eleições municipais e a
Justiça do nosso país poderá dar um passo importante no sentido de mudar
sua imagem junto à opinião publica. O Brasil carrega em sua história
política retratos infelizes de corrupção e desrespeito ao povo. Muitos
acham que ninguém será punido porque já se acostumaram com a impunidade.
Isso se reflete nos crimes de trânsito, na violência nas estradas, nos
assaltantes que arrombam caixas eletrônicos, nos estupradores que violam
a dignidade, no homem que violenta e mata a mulher, na banalização da
morte. O momento é este. Em casa, no trabalho, nas escolas, nas igrejas,
nas redes Sociais. O resultado poderá refletir numa nova mentalidade
política e social para que os filhos dos nossos filhos talvez possam ver
um país melhor. Não quero dizer aqui que, se os culpados forem
devidamente punidos, o Brasil mudará radicalmente, mas, certamente, será
um grande passo no caminho de um país mais justo e democrático.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
TJRJ julga desembargadores por fraude
Acontece hoje reunião dos 25 desembargadores
mais antigos do TJ/RJ, que irá julgar possível fraude que teria
ocorrido em concurso para juiz realizado em 2008.
São 13 réus e entre os
acusados há dois desembargadores, sete juízes (aprovados no concurso sob
suspeita) e quatro advogados. Se condenados, os magistrados podem
perder os seus cargos.
Em outubro de 2008, o
MP/RJ ajuizou no Supremo AO por meio do qual pretendia anular parte do
concurso, que estaria comprometido por irregularidades ocorridas na fase
das provas, como a divulgação de orientações de respostas das provas
objetivas.
Um integrante da
banca examinadora designado pela OAB para avaliar as provas de Direito
Tributário observou que as respostas de sete candidatos coincidiam com a
orientação de gabarito que havia sido elaborada pelos membros da banca e
entregue ao presidente do TJ à época, Sérgio Cavalieri.
O processo traz o
depoimento de um juiz que integrou uma das bancas. Ele disse ter sido
procurado por dois desembargadores que pediram cópias das perguntas.
Segundo o testemunho, o pedido não foi atendido.
Para a OAB, a violação da prova escrita comprometeu a lisura do concurso.
O MP/RJ pede que os
acusados devolvam ao Estado todos os valores recebidos desde quando
tomaram posse como juiz. As decisões deles não serão anuladas caso eles
sejam condenados. Mas eles não poderão mais atuar na magistratura.
O caso foi
analisado pelo CNJ, que disse não haver irregularidade. Mas o
procurador-geral de Justiça Cláudio Lopes recorreu e o caso seguiu para o
STJ e depois para o STF, retornado ao Tribuanl fluminense ano passado.Vergonha do cacete!
Assinar:
Postagens (Atom)