No Rio de Janeiro, a destivação do Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, o Iaserj, vem revoltando pacientes, médicos e funcionários. A desativação foi iniciativa do gerenciamento estadual que, em 2008, cedeu o espaço do hospital para a construção de um centro de tratamento e pesquisa contra o câncer. O hospital, que tinha 400 leitos e era responsável por 10 mil atendimentos ambulatoriais mensais, foi ocupado pelos trabalhadores. A polícia militar foi enviada ao local no início da semana passada para intimidar os maniestantes e garantir a criminosa desocupação do prédio. No dia 16 de julho, segunda-feira, a equipe de reportagem de AND esteve no local e conversou com funcionários e apoiadores do movimento, como professores da rede estadual e outros servidores federais.A equipe do jornal "A Nova Democracia" também registrou o momento em que manifestantes impediram funcionários da secretaria de saúde de remover equipamentos ambulatoriais do Iaserj. Além disso, funcionários do hospital contestaram o horário da remoção, que aconteceu às 21h. Segundo os porta-vozes do gerenciamento estadual, os atendimentos à pacientes passarão a ser feitos definitivamente no Iaserj Maracanã a partir do próximo dia 6 de agosto. Até lá, as consultas ainda serão realizadas no Hospital Central do Iaserj.Link para o video: http://youtu.be/8KvltpRechI
Existe uma conversa ainda obscura que menciona a possibilidade de fusões
partidárias após as eleições de prefeito que se aproximam. A expressão
mais forte dessa possibilidade partiu do presidente nacional do PMDB,
senador Valdir Raupp (RO), que caracteriza a iniciativa como uma reação à
fragmentação partidária brasileira, que estaria inviabilizando nosso
sistema pluripartidário.
A justificativa de Raupp para a fusão
mascara a verdadeira intenção de alguns políticos e de legendas que têm
colhido resultados negativos ao longo dos anos. Se a legenda de Raupp e
as demais estivessem preocupadas com a ameaça ao pluripartidarismo
brasileiro pela exagerada proliferação de siglas, tomariam a iniciativa
de tornar a legislação mais rígida com os partidos de aluguel e as
microagremiações partidárias.
Mas a intenção da fusão é outra.
Para o PMDB, ela seria excelente, pois recuperaria de uma vez só a
hegemonia perdida para o PT na Câmara dos Deputados. No caso do PP, já
confortavelmente instalado na situação, haveria entre os seus membros
uma insatisfação latente com o resultado de seus pleitos de cargos e
recursos junto ao governo federal. Uma possível fusão com o PMDB poderia
trazer mais poder de pressão ao conjunto do partido. Para o DEM, essa
proposta poderia ser a tábua da salvação, dado que definitivamente não
consegue fazer política na oposição. A sua desidratação salta aos olhos.
O golpe do PSD foi a pá de cal na sigla, que perdeu a sua única
prefeitura com mais visibilidade. Essa situação fica mais evidente
quando se constata que políticos que vieram do campo da oposição e agora
estão com o governo navegam em céu de brigadeiro.
É evidente que
existe um jogo de cena neste momento. Pressionar os aliados de agora
com possíveis mudanças futuras sempre traz um ganho eleitoral. Mas o
futuro dessas articulações depende dos resultados das urnas. Esse jogo é
mais perigoso em se tratando do DEM. Depois de três resultados adversos
e caminhando para uma quarta derrota, o efeito Eduardo Paes começa a se
fazer sentir no seio de oposicionistas menos convictos.