Foi na casa da Presidência da Câmara dos Deputados, na terça-feira à noite, que Marco Maia (PT-RS), então no exercício da Presidência da República, acertou com um grupo de 10 a 15 líderes partidários e ruralistas, em troca da votação da Lei Geral da Copa, que colocará em pauta o projeto do novo Código Florestal ainda em abril. O acordo foi feito porque Maia tem crédito com os colegas, porque, mesmo a contragosto do Palácio do Planalto em alguns casos, cumpriu todos os acordos que firmou.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Sexóloga arretada
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) dá sinais de que não vai atender aos apelos dos caciques do PT no apoio ao ex-ministro Fernando Haddad (PT) na briga pela Prefeitura de São Paulo este ano. Pelo menos, a julgar pelo que tem colocado no Twitter. Ontem, por exemplo, Marta (foto) escreveu: “A tese de que qualquer candidato do PT tem assegurado 30% do eleitorado não é totalmente verdadeira”. Achou pouco? “Não se turbina uma candidatura com desespero, pressões e constrangimento.” E arrematou: “O desafio do momento é o de convencimento e costura do mais amplo leque de forças capaz de derrotar o PSDB”.
Dá-lhe, Aécio!
Na política, nada acontece por acaso. Ontem, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), cada vez mais perto de se tornar o único presidenciável tucano para a briga pelo Palácio do Planalto em 2014, subiu o tom dos ataques ao governo. Mais que isso, pela primeira vez, fez ataques diretos à presidente Dilma Rousseff, que vinha poupando desde que assumiu o mandato. Não foi mera coincidência. Pouca gente ficou sabendo, mas na segunda-feira, em São Paulo, almoçaram juntos o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador Geraldo Alckmin e o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e, é claro, Aécio. O cardápio, tudo indica, incluiu a estratégia de aumentar o tom da cobrança em relação à presidente Dilma.
No discurso que fez, Aécio usou dados para tentar mostrar que o Palácio do Planalto está vendendo uma realidade colorida para o desenvolvimento do país que, na realidade, não existe. Citou, por exemplo, que a indústria de produtos manufaturados no país chegou a ser responsável por 26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, já era 16% do PIB. Hoje, está em 14,6%. “O Brasil voltou a ser exportador de commodities. Estamos de volta à década de 1950”, atacou.
Sobre as medidas de desoneração tributária de alguns setores da economia, Aécio reclama, por exemplo, de que a base governista no Senado, sob orientação direta do Palácio do Planalto, não deixa andar um projeto seu que prevê medidas para desonerar as empresas de saneamento. “E olha que a proposta reflete uma promessa que Dilma fez em sua própria campanha em 2010. Não é à toa que o Brasil foi o país que menos cresceu na América do Sul no ano passado”, enfatiza.
Cachaça no povo
Ao acompanhar o noticiário político, é possível notar a presença de movimentos pela volta do álcool aos estádios. De início, é preciso observar que nunca se viu uma torcida calada pela falta de uma cerveja. Quais são as consequências das bebedeiras? Mortos, feridos e paraplégicos devido a motoristas alcoolizados; tumultos, brigas e assassinatos; mães e crianças apavoradas aguardando a volta do pai bêbado; lares desfeitos; empregos perdidos; males de saúde, etc e tal. A lógica se impõe: nenhum poder constituído e nenhuma pessoa deveria incentivar o uso da bebida e outras drogas. Nosso patrimônio cultural deveria ser muito grande em educação, intelectualidade, vida artística e esportes, mas nunca em cachaça. Palavras em contrário lembrarão sóis tapados com peneiras. Ah, foda-se!
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