Não é sem motivo que a turma do ex-líder do governo na Câmara dos Deputados Cândido Vaccarrezza anda uma arara com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvati. Vaccarezza vem colecionando derrotas no PT, e agora que deixou a liderança encontrou o seu bode expiatório. O paulista perdeu a disputa interna para Marco Maia (PT-RS) na briga pela Presidência da Câmara dos Deputados, a indicação do líder Jilmar Tatto (PT-SP), ao apoiar José Guimarães (PT-CE), e viu o ato final ao entregar a liderança a Arlindo Chinaglia (PT-SP), de grupo rival ao seu.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Bolinha de papel
“Não era nada oficial, apenas um papelzinho”. Iiihhh! Aconteceu de novo. A frase é do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB). Em entrevista ontem a uma rádio da capital paulista, Serra voltou a tentar explicar a promessa que fez quando disputou o mesmo cargo em 2004. “Primeiro: eu não assinei nada em cartório. Isso é folclore. Houve um debate, uma entrevista. O pessoal perguntou: 'Se o senhor for eleito prefeito vai sair para se candidatar à Presidência?' Eu disse não”. De fato, ele disputou foi o governo do estado. Só depois se candidatou à Presidência da República, enfrentando a então candidata Dilma Rousseff em 2010. E foi derrotado no segundo turno.
Quem tentou pôr panos quentes na história foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que foi, aliás, quem enfrentou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando ele foi reeleito em 2006. “O que ele quis dizer é que não teve um documento em cartório”, disse Alckmin, acrescentando em seguida: “Mas acho que está claro. O Serra tem colocado que quer ser prefeito, que é candidato para servir à cidade. E tem experiência para fazer um bom trabalho”. É, pode ser.
O problema é que Serra tem dificuldades com papeizinhos. É só lembrar da bolinha de papel que o atingiu durante a campanha de 2010. Depois de ser alvejado com o artefato no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto com a hoje presidente Dilma Rousseff, Serra pôs a mão na cabeça, foi agarrado pelos seguranças, colocado em uma van e levado ao hospital. Imagens de televisão, no entanto, desmentiram a farsa. Não passava da bolinha de papel que, de tão famosa, virou joguinho que até hoje pode ser encontrado em sites de busca na internet.
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