Não enche meu saco senão levo a Copa pra Inglaterra! |
Primeiro foram as caneladas do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que sugeriu “um chute no traseiro” do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. O mal-estar foi geral. Ontem, o jogo foi amistoso, embora, na prática, tenha terminado zero a zero. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, finalmente encontrou-se com a presidente Dilma Rousseff. Trouxe até um retrato dela com ele e, claro, o Rei Pelé. Apesar das amenidades, em entrevista mais tarde Blatter fez questão de provocar: “Tem algumas pessoas que dizem que até a Inglaterra poderia sediar essa próxima Copa”. E continuou tentando contemporizar: “Mas um país como o Brasil, que é do futebol, que vive e respira futebol, é muito importante ter essa Copa aqui e temos certeza de que será um grande evento”.
Nessa situação, Pelé surpreendeu. Revelou ter dito para Dilma que estava pronto para atuar como bombeiro, “para apagar todas as fogueiras”. Inclusive as de vaidade, pelo jeito, já que também Ronaldo, o Fenômeno, que fará parte da Comitê Organizador, frisou ter certeza de que “a Copa no Brasil será a melhor de todos os tempos”. Como tudo no Brasil acaba em churrasco, Blatter foi almoçar com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e com os líderes partidários. Lá, entre uma e outra fatia de picanha, recebeu a garantia de que o Congresso vai aprovar a liberação das bebidas alcóolicas nos jogos da Copa do Mundo.
Então, brindemos. Vamos abrir uma lata da cerveja que patrocina a Copa, fingir que nada aconteceu e tocar a bola para frente. Aliás, é melhor jogar a bola para o mato, porque o jogo é de campeonato. Afinal, não interessa a ninguém toda essa indefinição. A Copa no Brasil é aguardada no mundo inteiro e é melhor fazer as pazes e ganhar o Troféu Fairplay.