A cúpula do DEM – o presidente nacional da legenda, senador José Agripino Maia (RN), o líder na Câmara dos Deputados, ACM Neto (BA), e o ex-vice-presidente Marco Maciel – estava até tarde da noite de segunda-feira com o pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra. Na pauta, a possibilidade de apoio do partido ao tucano. Os democratas querem indicar o candidato a vice e reciprocidade em Salvador, para ACM Neto, e no Recife, para Mendonça Filho. É costura difícil de ser feita, mas Serra prometeu trabalhar por um acordo.
quarta-feira, 14 de março de 2012
PDT rachado
Como o próprio deputado Brizola Neto (PDT-RJ) previu, o vazamento de que era o preferido da presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério do Trabalho foi ruim. Os colegas pedetistas avisaram à ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, de que ele não tem o apoio do bancada. Brizola, no entanto, ainda não está descartado. Até porque conseguiu o que parecia impossível, o apoio conjunto da Força Sindical, do deputado Paulo Pereira da Silva (DT-SP) e da CUT. Em troca, as duas centrais ganhariam diretorias e postos de comando na pasta. É aguardar para ver o que vai acontecer.
Mudanças radicais?
O dia começou cedo para a presidente Dilma Rousseff. Ela foi a principal homenageada em sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados. Ela recebeu o Prêmio Bertha Lutz, em comemoração atrasada do Dia Internacional da Mulher no Congresso. Antes, porém, acordou cedo para uma conversa de mais de uma hora com o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que foi oficialmente comunicado de sua saída da liderança do governo na Câmara. Saída, aliás, que muita gente já sabia de véspera, inclusive o próprio Vaccarezza, ainda que não oficialmente. O petista de São Paulo deu sinais de que não ficou satisfeito, mas Dilma quer mesmo mudar.
A presidente já tinha trocado o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), um sobrevivente desde o governo Fernando Henrique Cardoso. Ele foi substituído pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que é da ala peemedebista independente da comandada por Renan Calheiros (PMDB-AL), Jucá e pelo próprio presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Na Câmara dos Deputados, o novo líder do governo será Arlindo Chinaglia (PT-SP), da corrente Movimento PT, que não é a majoritária no partido, papel exercido pela Construindo um Novo Brasil. Chinaglia, no entanto, é ex-presidente da Casa e deve contornar a situação. Não sofrerá oposição interna, mas terá de organizar a relação com os outros partidos da base aliada ao Palácio do Planalto.
São mudanças profundas que precisarão ser decantadas com o tempo para ver se surtiram efeito. O fato é que a presidente Dilma, mais uma vez, imprimiu o seu estilo, cada vez mais diferente do jeito Lula de ser no governo anterior. Mas tudo isso, com infecção na garganta ou não, deve ter sido previamente combinado com o ex-presidente. Afinal, é conselho que não custa pedir.
Pensão alimentícia
Há no Congresso Nacional um movimento de reestudo da pensão alimentícia, assunto que vem merecendo atenção de algumas autoridades de bom senso e do povo. Muitos pais estão sendo obrigados a pagar uma pensão totalmente incompatível com sua vida financeira, principalmente quando são autônomos, sem renda mensal definida. Quando o pai tem melhores condições financeiras, a pensão é calculada sobre seu rendimento e não sobre os reais gastos dos assistidos: os filhos. Há que se pensar numa solução uniforme para todo o território nacional, com base na declaração anual de renda de cada pai, evitando-se julgamentos diferenciados, muitos dos quais vêm gerando conflitos acirrados e até trágicos. Isso causa traumas nas famílias e nos próprios filhos, as maiores vítimas, que, em vez de serem protegidos, estão sendo massacrados pelos conflitos, tornando-se filhos de presidiários. A reclusão, além de onerar o Estado, não gera recursos para pagamento de pretensas dívidas.
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