Os chinelos de dedo vencem o biquíni como maior produto fashion do Brasil. Reportagem de canal europeu revelou que as sandálias Havaianas abriram caminho para imitações igualmente “made in Brazil” – inclusive com fábrica em Juazeiro do Norte (Ceará) faturando alto em vários países. Na sequência, entrevistou um colecionador das legítimas com mais de 300 pares, e mostrou modelo feito pela H.Stern valendo 20 mil euros, buscou a fala de designers famosos apaixonados pelo produto e contabilizou 4 bilhões de pares vendidos dos anos 60 até agora.
domingo, 4 de março de 2012
Fui
Com os dois pés praticamente fora do governo federal, o PDT parece não se importar tanto assim em perder o comando do Ministério do Trabalho. É que na executiva nacional do partidos, todos os integrantes já dizem em particular que preferem em 2014 uma aliança com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a uma com o governo federal. E já têm até argumentos. Dizem que, mesmo com o pouco tempo de TV que a legenda tem, vale a pena para Aécio, porque cada minuto vale dois, um que ele ganha e outro que ele tira da presidente Dilma Rousseff (PT).
CPIs vagas
A partir desta semana, depois de um longo e tenebroso inverno, estarão de volta as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara dos Deputados. Serão instaladas as CPIs para investigar o trabalho escravo e a da criança e adolescente. Já está funcionando a CPI mista sobre o tráfico internacional de mulheres. Percebeu um detalhe? São todas sobre assuntos que não atingem diretamente o governo federal, são genéricas, digamos assim. Não é apenas uma coincidência. A CPI dos Correios no governo Lula traumatizou o PT.
Estados Unidos e PSDB desunido
Mudou? Mudou. E já faz tempo, foi na década de 1960. Só que alguém precisou avisar a José Serra, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB. Em entrevista a Boris Casoy, o tucano falou com todas as letras: “O Brasil chama Estados Unidos do Brasil. Os Estados Unidos chamam Estados Unidos da América”. Corrigido pelo apresentador, que esclareceu sobre a República Federativa do Brasil, Serra fez a pergunta lá do início. Não custa repetir: mudou? Mudou. Mas o tucano se fez de desentendido: “É parecido”.
Mais uma vez, Serra repete a promessa que fez por escrito e com registro em cartório e não cumpriu no passado, a de, se eleito prefeito, cumprir o mandato até o fim. Bem, talvez ele não esteja se referindo a uma eventual candidatura a presidente da República Federativa do Brasil em 2014. Quem sabe se seu sonho não é pedir cidadania norte-americana para se candidatar à Presidência dos Estados Unidos da América? Ambição suficiente para isso ele tem. O presidente Barack Obama e os candidatos republicanos que se cuidem. Afinal, lá vale candidatura avulsa à Casa Branca.
Para piorar a situação, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), confirmou ter conversado com o presidente do PT, Rui Falcão, sobre a possibilidade de Serra preferir, caso eleito prefeito de São Paulo, apoiar a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição para a Presidência da República a apoiar que o seu colega de partido senador Aécio Neves (PSDB-MG). Kassab ainda tentou minimizar, dizendo que teve a conversa com Falcão no ano passado e que, hoje, as circunstâncias “são outras”. É, pode ser, mas a cizânia está lançada e nenhuma declaração pode mudar isso. O fato é que, com amigos assim, Aécio não precisa de inimigos.
Aborto
A ministra Eleonora Menicucci já entrou levando chumbo grosso da bancada dita evangélica em face de seu conhecido posicionamento em defesa da descriminalização do aborto e da necessidade de a rede pública de saúde realizar, gratuitamente, o procedimento. Pôr uma criança no mundo sem as mínimas condições de ser educada e orientada, ou de sobreviver fora do crime, também não é uma forma de abortar uma vida? Na maioria dos casos de gravidez indesejada, assim que nasce a criança já está fadada à morte prematura de sua dignidade e cidadania. Não é justo pensar numa mulher moderna que não possa decidir sobre o próprio corpo e que é obrigada a manter uma gravidez que não deseja levar adiante. Se é certo ou errado, cabe a ela decidir, afinal o aborto em si já consiste numa dura punição. A sociedade, enquanto isso, finge desconhecer o problema, porque lhe é conveniente, além de ter medo de seus próprios dogmas e preconceitos. Legalizar o aborto não significa que ele vá se tornar uma prática comum e banal, mas é, antes de tudo, uma questão de cidadania e de cuidado para com o próximo.
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