É mesmo complicada a situação do PDT com o governo Dilma Rousseff. A presidente preferia nomear no ministério o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), mas o presidente pedetista, Carlos Lupi, veta. A segunda opção da presidente, o deputado Vieira da Cunha (RS) é vetada por Paulinho da Força Sindical (PDT-RJ). E a terceira opção, o secretário-geral do partido, Manoel Dias, quem veta é a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvati. Ou seja, o PDT está quase com os dois pés fora do governo.
sábado, 3 de março de 2012
Dá-se um jeitinho
O PSD perdeu a primeira na Justiça, que negou o direito do partido de exigir o comando de comissões técnicas na Câmara dos Deputados. A decisão do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), no entanto, não deve alijar totalmente a nova legenda. Com 52 deputados, fica difícil não resolver o imbróglio. A base aliada ao Palácio do Planalto terá que encontrar um jeito de acomodar os pessedistas, mesmo depois do apoio deles à candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo.
Opções petralhas
Por ter a maior bancada, o PT tem o direito de escolher a primeira, a terceira e a nona comissão técnica da Câmara dos Deputados. Já está decidido que a primeira será a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante, onde passam todos os projetos. A terceira deve vir da área social, saúde ou educação. Já a nona, é o que sobrar. Os petistas sonham para que estejam livres ainda as comissões de Meio Ambiente ou de Direitos Humanos.
Dilma chora e PMDB pega fogo
A presidente Dilma Rousseff voltou a se emocionar ontem, na solenidade de posse do novo ministro da Pesca, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Mais uma vez, foi às lágrimas. Foram duas as homenagens da presidente. A primeira para o ex-ministro petista Luís Sérgio, que volta à Câmara dos Deputados, a quem chamou de amigo e parceiro “que compreende a necessidade de coalizão”. Dilma também fez questão de lembrar do vice-presidente José Alencar, que era integrante do PRB. “O Zé dignificou o governo ao qual pertenceu e com quem tive a honra de conviver. Ele engrandeceu nossa nação e deixou um exemplo de abnegação e amor tanto à atividade política e, sobretudo, uma homenagem à vida, que deve inspirar cada um de nós”.
O novo ministro da Pesca, que tinha dito nem saber colocar minhoca no anzol, prometeu que vai aprender rápido. Na verdade, a entrada de Marcelo Crivella no governo – daí “a necessidade de coalizão” da fala presidencial para Luís Sérgio – tem outro motivo. É uma tentativa do governo de se aproximar do eleitorado evangélico. É com os dois olhos na disputa pela Prefeitura de São Paulo que Dilma fez o convite. É uma forma de tentar proteger o candidato do PT Fernando Haddad, que quando era ministro da Educação lançou o kit anti-homofobia, deixando esse eleitorado importante em pé de guerra.
A emoção da presidente foi verdadeira. Mais emoções fortes, no entanto, estão por chegar e não são nada afetivas. O PMDB ensaia uma rebelião no Congresso, reclamando que o PT controla muito poder e prejudica o partido. Tanto que a cúpula peemedebista, com o vice-presidente Michel Temer à frente, já prepara reunião com os 45 deputados que assinaram manifesto contra o PT. Tentam apagar o fogo antes que o incêndio fique incontrolável.
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