Até que a morte os separe |
Pelo menos por enquanto, terminou em pizza a possível renúncia ou licença do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. A assembleia de ontem, que durou três horas, na sede da entidade, serviu para que o mandatário mostrasse a sua força, segundo um presidente de federação que pediu para que não fosse identificado, e revelasse sua indignação com os insurgentes. Estes não aceitavam o poder em mãos da Federação Paulista, na semana em que o dirigente se dispunha a renunciar.
Teixeira abriu a reunião dizendo que os presidentes de federações deveriam ter lhe ligado para saber o que de fato ocorria, alegando que em momento algum foi a público dizer que renunciaria ou se afastaria. Calados e sem graça, todos ouviram o que o chefe tinha a dizer, sem questioná-lo. A única vez em que mostrou fragilidade foi ao falar da saúde, abalada por diabetes e diverticulite. Ele avisou aos filiados que hoje mesmo fará exames que podem ser decisivos para sua recuperação. Dependendo dos resultados, não descarta a possibilidade de afastamento por causa do problema.
Além do pito nos parceiros, o presidente propôs mudanças no estatuto da CBF, mas pouco significativas. As eleições deverão ser anunciadas com o prazo mínimo de um ano, e não seis meses, e em caso de afastamento definitivo de um vice, novas eleições serão feitas para indicar o substituto, da mesma região.
Terminada a reunião, a maioria dos dirigentes saiu pelos fundos com o rabo entre as pernas, sem falar com a imprensa. Apenas dois ou três gatos pingados deram as caras, mas sem declarar nada que pudesse comprometê-los. Eles sabem que terão de seguir a cartilha do comandante ao pé da letra, sob pena de se tornar desafetos. Teixeira também prometeu auxílio maior a cada federação – algo em torno de R$ 200 mil mensais como ajuda de custo.
Para o grupo de rebeldes, a decisão de Teixeira é satisfatória, pois evita um possível crescimento do poder paulista na entidade. Mas um deles disse à boca pequena ter dúvidas sobre sua permanência no cargo, pois a pressão popular, da imprensa, da Fifa e do governo federal deverá aumentar e acuar ainda mais o presidente da CBF. Para essa fonte, o mandatário vai esperar a poeira baixar para lançar um comunicado no site da entidade, afastando-se do cargo. “Ele sabe que o momento é delicado e que não tem respaldo para continuar.”
É a segunda vez que Teixeira tem a renúncia preparada, mas desiste, aconselhado por mentores como o ex-sogro, e ex-presidente da Fifa João Havelange. Na primeira, em 2001, conseguiu sobreviver à CPI do futebol e se manter. Mas agora, sem o apoio do governo federal, conta com um aliado que considera mais importante do que qualquer outro: a Rede Globo, que nesta semana garantiu os direitos exclusivos sobre os Mundiais da Rússia’2018 e do Catar’2022.
Para o grupo de rebeldes, a decisão de Teixeira é satisfatória, pois evita um possível crescimento do poder paulista na entidade. Mas um deles disse à boca pequena ter dúvidas sobre sua permanência no cargo, pois a pressão popular, da imprensa, da Fifa e do governo federal deverá aumentar e acuar ainda mais o presidente da CBF. Para essa fonte, o mandatário vai esperar a poeira baixar para lançar um comunicado no site da entidade, afastando-se do cargo. “Ele sabe que o momento é delicado e que não tem respaldo para continuar.”
É a segunda vez que Teixeira tem a renúncia preparada, mas desiste, aconselhado por mentores como o ex-sogro, e ex-presidente da Fifa João Havelange. Na primeira, em 2001, conseguiu sobreviver à CPI do futebol e se manter. Mas agora, sem o apoio do governo federal, conta com um aliado que considera mais importante do que qualquer outro: a Rede Globo, que nesta semana garantiu os direitos exclusivos sobre os Mundiais da Rússia’2018 e do Catar’2022.