Emprego vitalício, palácio e poder |
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Papo furado de petista
Monumento a corrupção
Sem políticos e lobistas à vista, milhares de turistas visitam o Congresso Nacional nestes dias de folia, que aproveitam o feriado para o turismo cívico. Já virou tradição. No carnaval do ano passado 180 mil visitantes passaram pelos corredores da Câmara e do Senado. Os intervalos entre as visitas, guiadas e gratuitas, foram reduzidos de meia hora para 20 minutos. Os visitantes podem entrar pela rampa voltada para a Esplanada dos Ministérios.
Recado de Dilma
Em seu programa semanal de rádio, a presidente Dilma Rousseff (PT) deixou o alerta para os motoristas que vão pegar a estrada no retorno da festa. “O que a gente percebe é que, na maioria das vezes, os acidentes poderiam ter sido evitados com um pouco mais de cuidado e responsabilidade dos motoristas”, disse. Ah, tá presidente! E as péssimas condições das estradas, a falta de sinalização e a falta de segurança? Para, mulher!
Dilma passa carnaval na Base Naval de Aratu, na Bahia, longe da folia e cercada de muito conforto. Os dias têm sido de sol e chuva, com predomínio das temperaturas elevadas. A previsão é de que ela retorne a Brasília amanhã. Fofa...
Hamlet e sua síndrome
A sucessão à Prefeitura de São Paulo dá o tom da folia nas hostes tucanas. Pré-agendada para março, a prévia para escolha do candidato foi defendida amplamente pelo governador do estado, Geraldo Alckmin, e caracterizada como o mecanismo mais democrático. Mas a lógica é anterior à candidatura do ex-governador José Serra. Agora que ele parece aceitar repetir o revezamento na disputa municipal, a prévia passou de solução a pepino.
O PSDB vive um dilema permanente. Tucanos mais lúcidos sabem disso. Encostado na parede pelo PT, que tem tradição de ouvir as suas bases, o partido precisa urgentemente se oxigenar. A única forma é tornando mais permeável a estrutura partidária. Consultas internas, prévias e eleições das direções regionais e nacional são um caminho. Esse processo, contudo, costuma levar a uma renovação nas lideranças partidárias. O dilema tucano reside aí. Os seus melhores clínicos têm o diagnóstico, mas sabem que a receita faz a maioria perder o cargo de médico, digo de direção. Ser ou não ser...
As prévias de São Paulo são um exemplo desse dilema existencial. Quatro candidatos estão colocados. Em sua fuga do ostracismo, Serra voltou a considerar a sua candidatura, percebida como única capaz de enfrentar o novo petismo e a aproximação com os velhos “demos”. Com Serra no páreo, se resolve, em parte, o problema Gilberto Kassab (PSD). Cria-se, porém, um problema interno. Afinal, o que fazer com as prévias?
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), parece defender o lançamento de Serra antes do mesmo e encerrar o assunto. Apoiador da candidatura presidencial do senador Aécio Neves (MG) em 2014, Guerra mataria dois coelhos com uma só cajadada. Há quem prefira a solução da manutenção das prévias com o lançamento posterior de Serra e consequente “desistência” do candidato eleito. De todas, esta parece ser a solução mais condizente, sob o império de Momo. Nessa hipótese, na folia tucana, os filiados nem trocariam a já tradicional fantasia de índio. Bastaria acrescentar a bolinha vermelha no nariz dos participantes da prévia. Serra está com a palavra, mas nada indica que a dará antes da festa.
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