Não pude me calar diante do que vi, na última segunda-feira, no CQC da TV Bandeirantes. A repórter Mônica Iozzii veio até ao Rio para mostrar a imoralidade que se tornou a Câmara de Vereadores do município – aliás, a mais cara do Brasil, quiçá da America Latina, onde se gasta 365 milhões de reais para se manter 51 vereadores. Cada vagabundo custa 7 milhões de reais ao bolso do povo.
Para que os meus leitores que não moram no Rio entendam melhor o “deboche”, tenho que falar primeiro sobre a aprazível Ilha do Governador. Embora a Ilha do Governador, a maior ilha da Baía de Guanabara, não seja um município independente [ainda bem, pois são menos políticos safados para se locupletarem dos cargos públicos que seriam criados] fazendo parte da capital e do Estado do Rio de Janeiro, [triste herança dos governos militares que extinguiram o Estado da Guanabara] a Ilha por suas características geográficas sempre foi um caso a parte na cidade maravilhosa; hoje em dia embora não seja mais considerada como um bairro, pois seus bairros foram elevados a condição de bairros da cidade, muitos ainda se referem a ela, orgulhosamente, como se fora um único bairro. Confira o mapa!
O que poucos sabem é que a Ilha teve papel fundamental na vida da cidade desde a sua criação, que a Ilha tem um dia só seu, que a Ilha tem um Brasão, e por fim que a Ilha tem um hino, hino que se aprendia nas aulas de música, [fazia parte do currículo regular do antigo ginasial] nos anos 60. É na ilha, por exemplo, que fica o Aeroporto Internacional Galeão Tom Jobim.
Mas, e daí? Daí que um dos entrevistados de Mônica é o justamente o vereador José Everaldo/PNN-RJ cujo curral eleitoral fica na Ilha, portanto, ele descaradamente desrespeita o eleitor carioca quando apresenta um projeto de lei que cria “O dia do banho de mar a fantasia”, o qual deveria ocorrer na Ilha, para “levar mais recursos econômicos para a Baía de Guanabara". Aliás, 99.6% dos projetos do nobre vereador foram considerados irrelevantes, segundo a ONG Trânsparência Brasil! Porque não perguntar ao morador da Ilha o que ele precisa, vereador? Porque desmoralizar um local tão nobre de nossa cidade maravilhosa, berço de tanta gente honrada?
Não vou me estender numa matéria de fácil entendimento. Quero apenas lembrar ao leitor carioca de que no ano que vem teremos eleições municipais, portanto antes de apertar “aquele” botão pare e pense! Dê um basta nessa bosta!
Em tempo: Por pura pressão popular, a Câmara não levou adiante a compra de 51 carros, zerinho há algumas semanas. O veículo era o luxuoso JETTA da Volkswagen ao custo de 80 mil reais cada. O vereador em pauta chegou a defender a compra dos “carrinhos” mesmo contra a vontade do povo ao vivo e a cores no Jornal Nacional. Outra coisa inusitada do Dr.Everaldo é a quantidade de Títulos de Cidadão Honorário que ele tem destinado aos padres de outras cidades. Ó xente, esse vereador come terra... Eu, hein...
Na próxima postagem mais um vereador do RJ (médico!) picareta!