quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Ricardo Teixeira e Carlos Eu-gênio-do-mal Lopes e o avião de 1 dólar!
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, foi convocado pelo Congresso para falar sobre futebol. Claro, que falará menos sobre futebol e mais sobre as práticas de articulação que circundam a paixão nacional. Apura-se uma suspeita de que Teixeira teria adquirido um avião pela módica quantia (módica ?) de US$ 1. Isso mesmo. Um dólar.
Há uma gigantesca teia de interesses no entorno da Copa. Por mais que haja esforço para desfazer essa teia ou tentar entendê-la, será impossível. Mas as coisas começam a ficar mais claras nos espaços futebolísticos. Os cartolas abrem os chapéus.
Três em um
Cena paulistana
A cada dia, a ficha desce um pouco sobre a cabeça de José Serra, eterno candidato à presidência da República. Por onde passa, ele é peremptório : não colocará seu nome na disputa para a prefeitura de São Paulo. Pois bem, este analista quer ver para crer. E mais : aposta que Serra será candidato a prefeito. A lógica sublinha o argumento : não há saída para ele. Aécio Neves, a essa altura, já ganhou o apoio da cúpula do PSDB. Mesmo com os horizontes distantes, Aécio tem maior cacife : um mandato de senador no início, energia e disposição, o apoio da cúpula tucana e o segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais.
Ficha vai cair
José Serra alimenta a esperança da candidatura presidencial em 2014. Não ganhará o troféu de candidato. O vazio oceânico ainda não ocupou sua cabeça. Quando a ficha cair - e cairá lá pelos idos de março - ele concluirá que sua carreira política tem apenas uma fresta para decolar novamente : a candidatura à prefeitura. A não ser que ele decida encerrar a vida pública breve. Por tudo isso, esse analista vai apostar na hipótese: Serra será o candidato tucano para a prefeitura paulistana. Diante dessa possibilidade, os atuais pré-candidatos - José Aníbal, Bruno Covas e Ricardo Trípoli - desistiriam das prévias. A conferir!
Marta, tem chance ?
E se for realmente José Serra o candidato tucano, Marta Suplicy poderia ser a candidata do PT ? Mesmo com 30% nas pesquisas de intenção de voto, será difícil. É claro que suas chances aumentam, tendo em vista a clássica polarização entre PSDB e PT, que tem nela um símbolo. Ocorre que há um cacique-mor por trás do patrocínio da candidatura petista : Lula. E o candidato dele é mesmo Fernando Haddad. A essa altura, será difícil remover Haddad sob pretexto que, para disputar com Serra, o melhor nome seria o de Marta. Lula acha que só uma cara nova vencerá os tucanos na capital paulista. Esse analista concorda, em princípio, com a tese.
Governistas e a oposição estão ambos errados
É difícil de acreditar, mas é a pura realidade. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pediu e foi convidado para jantar ontem no Palácio da Alvorada, onde não punha os pés desde que desceu a rampa do Palácio do Planalto depois de passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Até aí, tudo bem. O problema é que tucanos e petistas estrilaram, nem tentaram disfarçar a irritação com o fato. Ora, bolas, é de uma idiotice total. Ainda bem que governistas e a oposição estão ambos errados. Fazem companhia uns aos outros na prática da mais mesquinha política. Dilma não estava recebendo FHC para jantar. Estava cumprindo um importante protocolo diplomático. É jantar que interessa ao mundo todo.
Dilma abriu as portas do Alvorada para o grupo chamado The Elders, os anciões na tradução para o português. Estiveram no jantar gente como o arcebispo Desmond Tutu, de tantas lutas contra o racismo na África do Sul, o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, além de outros líderes mundiais que estão hoje na melhor idade. É inacreditável que haja críticas a um evento desse tipo. Os políticos brasileiros deveriam olhar para os ex-presidentes dos Estados Unidos. Todos os que estão vivos estiveram juntos na solenidade em memória aos 10 anos do atentado ao World Trade Center. Nessas horas, não há republicanos e democratas. O Brasil, ou melhor, os políticos brasileiros deveriam aprender que em ocasiões assim não há petistas e tucanos.
Do grupo recebido pela presidente Dilma Rousseff faz parte uma personalidade mundial que não esteve presente por motivos de saúde. O que permite que seja feita uma pergunta aos petistas e tucanos, já que não ofende: Se Nelson Mandela, fundador do Grupo dos Anciões, tivesse comparecido, os políticos brasileiros iriam implicar do mesmo jeito?
Dilma abriu as portas do Alvorada para o grupo chamado The Elders, os anciões na tradução para o português. Estiveram no jantar gente como o arcebispo Desmond Tutu, de tantas lutas contra o racismo na África do Sul, o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, além de outros líderes mundiais que estão hoje na melhor idade. É inacreditável que haja críticas a um evento desse tipo. Os políticos brasileiros deveriam olhar para os ex-presidentes dos Estados Unidos. Todos os que estão vivos estiveram juntos na solenidade em memória aos 10 anos do atentado ao World Trade Center. Nessas horas, não há republicanos e democratas. O Brasil, ou melhor, os políticos brasileiros deveriam aprender que em ocasiões assim não há petistas e tucanos.
Do grupo recebido pela presidente Dilma Rousseff faz parte uma personalidade mundial que não esteve presente por motivos de saúde. O que permite que seja feita uma pergunta aos petistas e tucanos, já que não ofende: Se Nelson Mandela, fundador do Grupo dos Anciões, tivesse comparecido, os políticos brasileiros iriam implicar do mesmo jeito?
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