sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Afinal, o petróleo é de quem?
O senador Wellington Dias (PT-PI) divulgou ontem uma carta à população brasileira pedindo apoio para a votação, na semana que vem, do projeto de lei que altera a distribuição dos royalties do petróleo relatado por ele. Já prevendo dificuldade na votação, ele sugere que a população pressione seus deputados e senadores para a aprovação do texto. Uma das maiores oposições ao projeto vem do Rio de Janeiro, estado que mais deve perder recursos com o novo modelo. Em contraponto ao projeto de Dias, deputados e vereadores fluminenses espalharam cartazes pela Avenida Brasil, mais importante via expressa do Rio de Janeiro, convocando a população para sair em defesa do petróleo produzido no estado. O engraçado é que o lema é o mesmo: o petróleo é nosso.
Corrupção fenômena
Gurinhatã, na região do Triângulo Mineiro, é uma proeza quando o assunto são verbas do Ministério do Turismo. Desde 2004, a cidade de 6 mil habitantes já recebeu R$ 3,8 milhões da pasta. A maioria foi parar em entidades comandadas pelos irmãos Wirton e William Damaceno. O primeiro é o presidente da Integração Progresso e Desenvolvimento que também se chama Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Gurinhatã, uma das entidades campeãs de recebimento de emendas de outros estados. O segundo foi vice-presidente da Associação de Rádio Comunitária de Gurinhatã e hoje, além de apresentador e locutor de rádio, atua como lobista em Brasília, liberando emendas nos ministérios.
E a reforma política, hein?
No início desta legislatura, uma pesquisa sobre as prioridades dos deputados e senadores recém-empossados colocou a reforma política como assunto prioritário do Congresso Nacional. Nove entre 10 parlamentares apontavam o tema como essencial para ser discutido no primeiro ano de mandato. Uma comissão especial logo foi formada na Câmara para tratar do assunto, mas, pelo andar da carruagem, dificilmente vai conseguir tirar algo do papel ainda neste ano. Então, o prazo para fazer mudanças um ano antes da eleição já venceu. Caso algo de concreto seja alterado, no que diz respeito às eleições, como financiamento de campanha, só vai valer para a disputa de 2014. Raposas...
Na semana passada, foi lida mais uma versão do relator da reforma, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), que acatou as sugestões que nunca têm fim. A sessão de leitura do relatório aconteceu depois de vários cancelamentos por falta de quórum e, principalmente, de entendimento. Ciente das dificuldades e da falta de consenso sobre o tema, a votação do texto foi adiada para o dia 26. Provavelmente, não vai acontecer nessa data, pois uma unanimidade em torno do assunto está longe de ser alcançada.
O prazo para que algo de concreto mude na legislação que rege as eleições e os partidos políticos fica cada dia mais curto. Se não for aprovado até dezembro, o assunto vai ficar para 2013, pois em 2012 tem eleições municipais e o Congresso Nacional não vota nada de importante em ano de disputa. Se não votar em 2013, também não vota em 2014, ano de eleições gerais. E assim caminha a reforma política, a do Judiciário, a trabalhista, a sindical e também a tributária. A do judiciário já virou até lenda.
Na semana passada, foi lida mais uma versão do relator da reforma, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), que acatou as sugestões que nunca têm fim. A sessão de leitura do relatório aconteceu depois de vários cancelamentos por falta de quórum e, principalmente, de entendimento. Ciente das dificuldades e da falta de consenso sobre o tema, a votação do texto foi adiada para o dia 26. Provavelmente, não vai acontecer nessa data, pois uma unanimidade em torno do assunto está longe de ser alcançada.
O prazo para que algo de concreto mude na legislação que rege as eleições e os partidos políticos fica cada dia mais curto. Se não for aprovado até dezembro, o assunto vai ficar para 2013, pois em 2012 tem eleições municipais e o Congresso Nacional não vota nada de importante em ano de disputa. Se não votar em 2013, também não vota em 2014, ano de eleições gerais. E assim caminha a reforma política, a do Judiciário, a trabalhista, a sindical e também a tributária. A do judiciário já virou até lenda.
Bombeiros do Rio fazem ato em repúdio à nova onda de prisões de lideranças do movimento
Desde a última segunda-feira, dia 10 de outubro, quatro bombeiros do Rio de Janeiro estão presos por determinação do comando geral da corporação. Eles foram acusados de participar de um ato, no Clube dos Portuários, no último dia 30, quando fizeram discursos para parlamentares. Os bombeiros do estado do Rio estão em campanha salárial desde o início de abril. No mais combativo episódio durante a greve da categoria, cerca de dois mil bombeiros ocuparam o quartel central da corporação e foram atacados pelo Batalhão de Operações Especiais. 439 bombeiros foram presos. Hoje, a maioria deles já foi solta e anistiada, mas as lideranças do movimento voltaram para a prisão repetidas vezes. Uma dessas líderanças é o cabo Benevenuto Daciolo, que encotra-se preso no quartél G-Mar de Botafogo. Na última quinta-feira, dia 13 de outubro, bombeiros fizeram um protesto no local em repúdio à prisão das quatro lideranças. Daciolo chegou a acenar de uma janela para os manifestantes.
Entre os manifestantes também havia bombeiros de outras cidades. Em Cabo Frio, segundo um representante local, bombeiros estão aquartelados em repúdio às prisões das lideranças do movimento.
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