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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Coluna do Noblat
É de vomitar
Sobre o aumento do número de acidentes graves envolvendo caminhões e carretas nas estradas federais que cortam o Brasil, chama a atenção para uma das maiores chagas da administração pública brasileira, e que não tem cura. É inaceitável que um país de economia pujante, como diz o PT, caminhando a passos largos para o posto de potência mundial, conviva com estradas em péssimo estado de conservação - um verdadeiro lixo.
E o pior: a gestão desse setor tem sido entregue, nas últimas décadas, salvo raras exceções, a políticos enrolados e fisiológicos, ladrões, moleques sem o menor espírito público. O estado de São Paulo, no que tange à qualidade das rodovias sob sua administração, foge à regra. Em contrapartida, lá as tarifas de pedágio costumam ser estratosféricas, o que é no mínimo estranho. O negócio é meter a mão no bolso do trabalhador!
A educação, ao lado dos transportes, é outro setor em que o Brasil quase não evoluiu. Nessa área reina a incompetência ou o descaso: famílias ausentes do processo ensino-aprendizagem, salários ridículos aos educadores, escolas em condições materiais e de segurança adversas e excessiva tolerância à falta de limites de crianças e adolescentes. Em ambos os casos, um verdadeiro desastre. E as autoridades não parecem nem um pouco preocupadas com as vítimas. Tanto é verdade que o Brasil está investindo bilhões no Rock'in Rio, nos Jogos Olímpicos, na visita do Papa, na Copa etc... é de vomitar!
Surdez sem pudor
Curiosamente, somos o único país que tem um Hino Nacional que começa com o verbo ouvir. Ironicamente, também temos os políticos mais surdos no mundo. Nada sentem com a magnífica letra de nosso hino. Verdadeiro sentimentalismo vemos entre a classe trabalhadora e os aposentados, que provam, dia após dia, que é possível ser patriota mesmo de estômago vazio, sobretudo diante da desesperança provocada pela corrupção. Penso que nenhum brasileiro desonesto merece cantar nosso hino. Quando presencio alguém desleal ao povo cantando nosso hino com fervor, abaixo minha cabeça e fico em silêncio.
Denise Frossard, uma farsa
Eugênio Chipkevitch |
Quem conhece meu trabalho jornalístico sabe minha luta no sentido de denunciar as bandalhas nos 3 poderes, mas, principalmente, no poder judiciário - o pior deles! A denúncia não é um favor, mas sim um dever do cidadão de bem. Não vou entrar no mérito das palavras da ex-juíza Denise Frossard, sobre o assassinato de sua colega Drª Patrícia Acioly, quero apenas alertar que Frossard é uma mulher corrupta e que aproveita das situações para se lançar como paladina da moralidade e da ética. Saqueou os cofres do Congresso, do erário e fez muito mais.
Roger Abdelmassi |
Se há alguns anos alguém dissesse a vc que o poderoso, o cientista, o mundialmente renomado Dr. Roger Abdelmassi estuprou mais de 50 mulheres vc acreditaria? Se há alguns anos alguém dissesse a vc que outro médico famoso escondia dentro de si um monstro, o pediatra Eugênio Chipkevitch, que dopava adolescentes, transava com eles e ainda por cima filmava o horror, vc acreditaria? Pois saiba que Denise Frossard faz parte desse tipo de gente, entre muitos outros. Detesta nordestinos, pobres e deficientes. Tem cidadania italiana e orgulha-se da baita foto que tem de Benito Mussolini.
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Falo com conhecimento de causa. Muita gente vai ler isso, inclusive ela que prefere o silêncio porque sabe do telhado de vidro que tem! Coloque o nome dela no Google e pesquise. Ela não se decepcionou com a política, como costuma dizer. Foi a corrupção que a afastou da vida pública!
Plano de morte
Araçuaí, Itaobim, Ponto dos Volantes, Teófilo Otoni e Virgem da Lapa – Em duas das regiões mais pobres e miseráveis do país, o Vale do Mucuri e o Vale do Jequitinhonha/MG, o negócio da morte é próspero.
Uma empresa cobra dos mais pobres – de preferência analfabetos mais velhos e sem qualquer tipo de informação – valores que variam entre R$ 10 e R$ 30, dependendo do município, a título de plano funerário.
Não há contrato, apenas a confiança do miserável de que, ao morrer, vai receber um buraco de sete palmos, um caixão e em alguns casos uma galinha (viva), que será entregue à família como “merenda” para o velório.
A única garantia dos adeptos desse plano, disseminado em toda a zona rural da região, carente de água, saneamento básico, escolas e de emprego, é um carnezinho azul cor do céu com nuvens brancas. Lá, aparece o nome do beneficiário e o da Funerária Teófilo Otoni, que também responde pelo nome fantasia de Serviços Sociais Teófilo Otoni. É a maior prestadora de serviços dessa natureza e já atua em 27 municípios do estado e dois no interior da Bahia.
A captação de clientes é feita, muitas vezes, diretamente nos hospitais públicos. Mas essa não é uma realidade exclusiva da zona rural do Jequitinhonha e Mucuri. Os planos funerários têm crescido em todo o Brasil e já foram até alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados. O problema é que não existe no Brasil uma regulamentação para esse serviço – novidade! - nem a definição sobre a responsabilidade pela sua fiscalização. Como acontece com os outros tipos de seguro, controlados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), uma autarquia do Ministério da Fazenda. O Congresso tem proposta para regular o setor, mas elas ainda estão no papel.
Enquanto isso, muitos consumidores podem ser lesados em um dos momentos mais difíceis da vida: a morte. Quem manda ter nascido no Brasil?
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