Quando mais ignorante o povo, mais bolsa família e mais votos. Nunca vi nada igual! Primeiro foi a cartilha de português, agora a de matemática. Qual será a próxima?
sábado, 4 de junho de 2011
Dilma poste
Enquanto o mundo político só tinha olhos para o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, quem tentava explicar o beijo na cueca, a presidente Dilma Rousseff mostrou que a vida continua. Foi ao Rio de Janeiro batizar uma plataforma da Petrobras. Aliás, fez questão de homenagear outra mulher, a deputada Luíza Erundina (PSB-SP), que foi maltratada pelo PT quando decidiu participar do governo Itamar Franco, na época do impeachment de Fernando Collor. Mas, com sua cara de pau, Dilma se fingiu de morta. Erundina foi a madrinha da plataforma e recebeu de Dilma uma placa alusiva à sua participação. O discurso de Dilma foi nacionalista, eventos como esse a ordem é gozar com o pau da Petrobras. Afinal, se o petróleo já era nosso, o pré-sal é mais ainda.
Dilma lembrou o ex-presidente Lula ao reclamar das críticas recebidas na época em que ele pressionou para que o Brasil produzisse equipamentos para a extração de petróleo. Não custa lembrar que, antes de virar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma foi ministra de Minas e Energia, quando tivemos o apagão. E foi nesse cargo que recebeu a determinação de Lula para trabalhar para que a Petrobras comprasse de fornecedores brasileiros. Foi a partir daí, fez questão de lembrar a presidente, que “provamos ser possível construir sondas, plataformas e fornecer equipamentos para a Petrobras explorar o pré-sal”.
Se não bastassem as plataformas, Dilma também cuidou do Minha casa, minha vida, (Enquanto Palocci falava de minha casa, minha queda!) ao avisar que a segunda etapa do programa será anunciada nos próximos dias, com meta ousada de construir 2 milhões de moradias. Antes, anunciou liberação de R$ 700 milhões para obras na Região Serrana do Rio, para tirar as famílias das áreas de risco. Dilma no Rio faz perguntar: “Crise? Que crise?” Não existe crise, o que existe é....
Palocci, o ministro "boa fé"
O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (na foto, em seu gabinete), rompeu as três semanas de silêncio, mostrou-se enfático na TV ao dizer que não há recursos de campanha entre os ganhos de sua empresa, a Projeto, depois de faturar R$ 20 milhões só em 2010. Mas as declarações, exibidas ontem à noite no Jornal Nacional, da TV Globo, não conseguiram arrefecer o clima político entre os congressistas. Até uma parcela do PT continua na dúvida: “Vi parte da entrevista. Achei que está batendo na mesma tecla de antes, ou seja, que passou todas as informações a quem de direito. É uma forma de defesa, mas não vai arrefecer o anseio da oposição. Quanto ao PT, não sei, porque não conversei com ninguém. Eu confio no ministro Palocci”, comentou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).
Devanir parecia prever as declarações do líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA): “A entrevista foi um tiro no pé porque não acrescenta absolutamente nada ao que já tinha sido divulgado, não traz novidades que ajudem a elucidar os indícios de irregularidades. Ele parecia nervoso, foi evasivo. Isso só reforça a necessidade de ir à Câmara se explicar. Ele não falou, por exemplo, que tipos de contratos tinha com os clientes. Infelizmente, as declarações só reforçam a postura evasiva e escapista do ministro”, afirmou ACM Neto.
Palocci se explicou por quase 10 minutos. Ele voltou a falar na cláusula de confidencialidade dos contratos. “Não me peçam para revelar, porque há cláusulas contratuais. Não posso expor terceiros. Mas nada é secreto. Nenhuma informação da minha empresa é secreta. Toda a vida da empresa está disponível. Não existe nenhum centavo que se refira a política ou campanha eleitoral”, disse ele, que, mesmo sem ser perguntado, foi direto: “Não há coisa mais difícil do que provar o que você não fez. Não fiz tráfico de influência. Não fiz atuação junto a empresas públicas, representando empresas privadas. Temos que acreditar na boa fé das pessoas. Espero ser avaliado com justiça”, disse ele, ao afirmar que não existe qualquer investigação envolvendo a sua empresa. Boa fé, ministro! Se vc não conta pra quem trabalhou como é que o senhor pode falar em boa fé? Ele fez ainda apelos para que as pessoas aguardem a manifestação da Procuradoria-Geral da República, que está analisando as informações prestadas.
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