"Yes, we can". Assim o democrata Barack Obama venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos e se tornou o primeiro negro a comandar a mais poderosa nação do mundo. E é assim que Obama vai conversar hoje reservadamente com a presidente Dilma Rousseff, que também tem a peculiaridade de ser a primeira mulher a presidir o Brasil. "Sim, nós podemos", vai dizer Obama a Dilma, quando ela insistir em um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). E ele vai completar: "desde que você deixe a América continuar levando o que vocês tem, até o pré-sal!
Já a presidente Dilma deve dizer "yes, we can", quando Obama tocar no assunto da compra de caças para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB). La´na França, Sarkozy vai estar arrancando os cabelos da cabeça. Só não vai dizer quando, o que é a mesma coisa. "Sim, nós podemos", responderá Dilma quando Obama insistir em crescer o comércio bilateral, já que ele quer que os Estados Unidos continuem aumentando as exportações para o Brasil, que passaram de US$ 50 bilhões ano passado.
O que podemos esperar do encontro entre Dilma Rousseff e Barack Obama hoje em Brasília e amanhã no Rio de Janeiro? Obama quer se aproximar da América Latina. Dilma quer se firmar líder da região e não tem o mesmo carisma de Lula. Diante desta situação em que os sorrisos servem aos dois lados, os dois dirão juntos: "Yes, we can".