Cotatação mais vantajosa em 10 anos e o endividamento da classe C fizeram gastos dos brasileiros fora do país somarem inéditos US$ 16,4 bilhões em 2010
O volume de dinheiro deixado em outros países aumentou 50,6% em relação a 2009. A venda de pacotes internacionais teve alta na mesma proporção, segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). O Itamaraty estima que 5 milhões de brasileiros desembarcaram no exterior. E o número deve crescer.
Cada vez mais cobiçados, os destinos internacionais entraram de vez na rota dos viajantes. Somente em 2010, o Itamaraty estima que cinco milhões de brasileiros tenham desembarcado no exterior. O resultado foram gastos inéditos de mais de US$ 16,4 bilhões fora do Brasil, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. O volume recorde representa uma elevação de 50,6% em relação a 2009, quando foram deixados US$ 10,89 bilhões no exterior. Em contrapartida, os estrangeiros que chegaram por aqui gastaram US$ 5,9 bilhões e, apesar da alta de 11,5% em relação a 2009, não impediu que as contas de viagens internacionais fechassem no vermelho, com déficit de US$ 10,5 bilhões.
A elevação dos gastos de brasileiros no exterior contribuiu para o aumento do rombo das contas externas do país no ano passado, que fecharam em US$ 47,5 bilhões negativos. A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) confirma o crescimento do mercado, que somente em 2010 teve alta de 50% na venda de pacotes internacionais em comparação com 2009. O baixo valor do dólar, a estabilidade econômica e a queda nas taxas de desemprego ajudaram os brasileiros a cruzarem as fronteiras. A classe C emergente ajuda a aumentar essas vendas. Muita gente que nunca tinha viajado de avião, agora começa a voar. Nos últimos 10 anos, a cotação do dólar frente ao real nunca esteve tão vantajosa. Entre 2001 e 2004, quando o valor da moeda americana chegou bem próximo à casa dos R$ 4, o volume total de gastos no exterior somou US$ 10,7 bilhões, 65% de tudo que foi desembolsado fora do país em 2010.
A elevação dos gastos de brasileiros no exterior contribuiu para o aumento do rombo das contas externas do país no ano passado, que fecharam em US$ 47,5 bilhões negativos. A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) confirma o crescimento do mercado, que somente em 2010 teve alta de 50% na venda de pacotes internacionais em comparação com 2009. O baixo valor do dólar, a estabilidade econômica e a queda nas taxas de desemprego ajudaram os brasileiros a cruzarem as fronteiras. A classe C emergente ajuda a aumentar essas vendas. Muita gente que nunca tinha viajado de avião, agora começa a voar. Nos últimos 10 anos, a cotação do dólar frente ao real nunca esteve tão vantajosa. Entre 2001 e 2004, quando o valor da moeda americana chegou bem próximo à casa dos R$ 4, o volume total de gastos no exterior somou US$ 10,7 bilhões, 65% de tudo que foi desembolsado fora do país em 2010.