A vida, disse a presidente, nos cobra sempre a coragem. Isso o brasileiro médio tem de sobra. Já dinheiro... |
Em seu discurso de posse, Dilma valorizou os papéis de Lula e José Alencar na travessia do povo brasileiro à outra margem. Caracterizou como tarefa fundamental de seu governo a consolidação das conquistas. Ingrata! Deveria ter se lembrado que a estabilidade econômica começou com FHC!
No plano político afirmou a necessidade de uma reforma para valorizar partidos e se abriu para o diálogo com a oposição, ao mesmo tempo em que reafirmou seus compromissos com os aliados. Que diálogo é esse, então? Já no plano econômico demonstrou a necessidade de manter a estabilidade da moeda e de o país continuar crescendo. Ainda destacou a urgência de uma reforma e simplificação tributária. Identificou o pré-sal como passaporte para um futuro melhor e prometeu gastar os recursos daí advindos com grande cuidado, de forma a harmonizar os avanços tecnológicos com desenvolvimento social e sustentável. Educação ancorada na formação continuada de professores, Prouni, saúde, meio ambiente, SUS e política de segurança mereceram destaque no primeiro discurso da presidente.
Na política externa prometeu compromissos centrais com a América do Sul e a latina e com os países em desenvolvimento. Reafirmou seu engajamento com a paz mundial e criticou os grandes arsenais atômicos, assim como o terrorismo. Não entendi, afinal ela se dem bem como terrorista... atual presidente da oitava economia mundial.
Em linhas gerais, Dilma reiterou o nhén-nhén-nhén de campanha, sem novidade. Como governo de continuidade, ela promete o mesmo do mesmo. Os seus maiores compromissos se mantêm voltados para a área social. Continuar financiando o setor e ampliar o investimento serão a pedra de toque de seu governo. Mas, antes vai comprar o Aerodilma para cumprir sua agenda com mais conforto.
Lula se valeu de fortes ventos favoráveis do plano real e tributou especialmente as classes médias. Hoje, os ventos já não são os mesmos. Se ainda não sopram contra, também não estão a favor. A classe média brasileira já não aguenta mais tantos impostos e menos ainda o setor produtivo. O calote já está na praça há muito. Dilma sempre sinalizou com a reforma tributária que desonerasse a produção. Repetiu o mote em sua posse. De um lado o desafio de resgatar 18 milhões de pessoas da pobreza extrema. Do outro, a conta. A vida, disse a presidente, nos cobra sempre a coragem. Isso o brasileiro médio tem de sobra. Já dinheiro…