segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Preconceito, quem?
O outro fato foi o ataque a uma estudante de turismo, de 20 anos, ocorrido dentro da universidade onde estuda em São Bernardo, estado de São Paulo. A moça foi xingada e perseguida por centenas de colegas que frequentam o câmpus da Uniban, no período noturno. Tudo porque usava vestido rosa-choque bem curto, salto 15, cabelos loiros bem esticados e maquiagem carregada. "Puta!" e insultos do gênero foi o que ouviu por onde passou. Para sair da escola, precisou ser escoltada por policiais militares, enquanto tanto alunos do sexo masculino e feminino quanto professores e funcionários se dividiam nas posições de acusadores e defensores.
Manifestações de preconceito atualmente são punidas legalmente, o que, sem dúvida, tem ajudado a diminuir sua incidência. Porém, o que mais precisamos é nos conscientizar de atos e palavras que, à primeira vista, não passam de brincadeira - como no caso envolvendo Requião - ou podem ser considerados "influência" do grupo que nos cerca.
Acredito piamente que, se o governador tivesse prestado atenção na asneira que estava para dizer, teria evitado fazer a plateia rir e optado por manter o decoro; assim como muitos daqueles que "jogaram pedras" na universitária tentariam apaziguar a situação, já que o que se espera de um adulto é um mínimo de respeito pelo outro. A questão é que, quando se deram conta, já haviam falado, feito, "entregado" que suas crenças ainda guardam resquícios de um tempo em que era legítimo nos considerarmos melhores que os outros.
Tudo isso nos mostra que, por mais que preguemos a igualdade, o "faça de sua vida o que quiser desde que não me afete", ainda não conseguimos nos desvencilhar de nossas tendências a inquisidores. E inquisidor é realmente a melhor definição para todos nós: como na Idade Média, ainda julgamos o diferente culpado, usando como escudo nossa vontade de fazer o bem. Resta saber para quem.
Existe uma relação entre a queda do Muro de Berlin e a violência no Brasil?
A pedido do principal líder dos nacional-socialistas; o "Ministro da Propaganda" instiga os dirigentes do NSDAP e os SA a atacarem os judeus, é o movimento de masssas a serviço da oclocracia, as violências que deviam visar as lojas de judeus e as sinagogas. Numa única noite, 91 judeus foram mortos e cerca de 25.000 a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração. 7500 lojas judaicas e 1600 sinagogas foram reduzidas a escombros.
As ordens determinavam que os SA deviam estar vestidos à paisana, a fim que o movimento parecesse ser um movimento espontâneo de uma população furiosa contra os judeus. Na verdade, as reações da população foram pouco favoráveis, pois os alemães não apreciam que se ataque ou tome a propriedade alheia. Os incêndios também chocaram uma parte da população; mas não o fato de que os judeus tivessem sido atacados fisicamente. Cerca de 1.400 sinagogas incendiadas e destruídas, cerca de 100 judeus mortos, milhares feridos, centenas desabrigados, casas e lojas destruídas, quase trinta mil judeus presos e enviados para os campos de concentração de Dachau, Buchenwald e Sachsenhausen, nos quais muitos morreriam, posteriormente. Além de centenas de milhares de cacos de vidro espalhados pelo chão.
Este foi o saldo da violência indiscriminada contra a população judaica da Alemanha e da Áustria, no dia 9 de novembro de 1938, e que se tornou conhecida como a Kristallnacht - Noite dos Cristais - uma referência às incontáveis vidraças, janelas e vitrinas destruídas pelas tropas de choque nazistas e movimentos socicais favoráveis ao nacional-socialismo.
O texto abaixo e anexo visa o debate, não sou especialista ou historiador, não é minha pretensão o ser, mas termos bases para rechaçarmos a visita de Mahmoud Ahmadinejad ( محمود احمدی نژاد ) ao Brasil, não aceitarmos a ingerência brasileira nos assuntos internos de Honduras, pois o legado brasileiro para a democracia hondurenha poderá ser triste e principalmente não sermos alvo de mais mentiras sobre o tal do Foro San Pablo ou ingenuamente acreditarmos que tal Foro San Pablo não oferece perigo aos brasileiros.
Neste cenário, especial destaque deve ser dado para a visita do presidente israelense e Prêmio Nobel da Paz de 1994, Shimon Peres. Ele chega ao Brasil esta semana. Peres, que ficará no país de 10 a 15 deste mês, pedirá que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoie as negociações de paz na Faixa de Gaza e incentive a ampliação do comércio entre o Brasil e Israel. Este esforo de paz é fundamental, pois temos o Irã, na figura do Mahmoud Ahmadinejad ( محمود احمدی نژاد ) e a Síria como princiapais finaciadores de grupos terroristas radicais existentes na Faixa de Gaza, assim como no Líbano.
Escrito por
Gerhard Erich Boehme
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